sábado, 19 de fevereiro de 2011

O som e o sentido

     Nos primeiros acordes só podia imaginar que algo de novo estava para acontecer, mas não tinha a noção do que estava por vir. Lá pelas tantas, quando o alvoroço já tomava conta do ambiente, eu já esta tomado pela felicidade de sua existência e pela satifação de te ver alí, altivo, belo como sempre, senhor de si, em sua nobreza que nunca acabará. O solo de sua guitarra se confundia com o meu silêncio também estridente, a confirmar a certeza que sempre tive de sua beleza.
     Em outro cenário, longe dalí, numa outra lua, vi-a elegante, cheia de si, sem a meninice de tempos atrás, agora com a adolescência escultural, mulher-bonequinha, anjo-mulher, eu quase bobo, você quase distante. Todo dia o mesmo ritual, numa jornada com vista para o futuro que te tornará a mais sublime das bonecas-gentes.
    São dois caminhos, dois motivos para a manifestação do orgulho que sinto por fazer parte desses dois mundos, felicidade única, mas em dose dupla.
    Aos olhos de muita gente, parece um mísero instante de loucura que acomete a alma humana. Para mim, a mais pura exaltação de duas vidas que me completam. O tempo, célere, a passos largos, quase me cega o horizonte que desponta quando lhes vejo.
    Agora me desnudo, por um instante, dessa minha insanidade contagiante para explicar os motivos de tamanho contentamento: eu assiti ao show do Affonso com sua banda, e a Clarice começou a trabalhar.
    Então tá!!! 

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