domingo, 27 de março de 2011

Alerta máximo

          Depois de uma semana da visita de Barack Obama ao Brasil, eis que surgem os resultados das conversas a portas fechadas entre o presidente americano e a chefe da nossa nação, Dilma Rousself.
         Antres da chegada de Barack Obama, já estava acertado que compraríamos álcool e gasolina dos Estados Unidos? Como fica o conceito do governo brasileiro após o seu recuo em relação ao conflito no Líbano?
         Não é de hoje que a política da Casa Branca interfere nas relações que o governo brasileiro estabelece com outras nações. No caso específico do Líbano, o interesse comercial do Brasil àquele país, e a liberdade que o então presidente Lula manifestou a pólítica de Kadafi não deveriam servir de objeto de retaliação por parte de qualquer país que não se alinhem à soberania libanesa.
          Com relação à política externa adotada no Planalto Central, nada se compara ao esforço do Brasil em fazer parte do Conselho de Segurança da ONU, e cada novo presidente americano que vem ao Brasil traz na bagagem o mesmo discurso de sempre: considerar apenas simpática a aspiração do governo do Brasil em participar definitivamente das reuniões que traçam os destinos do mundo nas questões de segurança.
          Mas como o setor de energia no mundo todo é de área estratégica, o petróleo e as outras alternativas de energia acabam virando alvo dos países que não têm esses recursos para prosseguir, por muito tempo, em sua hegemonia.
          Quando o Brasil fracassou na política do Pro-Álcool, em fins da década de setenta, certamente os membros da OPEP comemoram o nosso revés, pois, naquela época, assim como hoje, a emergência de um país do terceiro-mundo não era agradável aos olhos dos países desenvolvidos. Hoje, Brasil, Índia e Rússia só sentam à mesa comn a elite mundial porque têm mercado consumidor atraente.
         O Brasil não alavancou o seu programa de enriquecimento de urânio, mas vem desenvolvendo importantes projetos de energia alternativa  ao fim do petróleo, por isso, nãom seria difícil imaginar a cobiça dos forasteiros por nossos recursos, principalmente o Pré-Sal, que representa o grande trampolim para o Brasil, depois que os usineiros se acovardaram, em tempos atrás, exportando açúcar, que era mais rentável.
         Desde a época do Ciclo do Ouro até a criação da Petrobras, ficamos sempre em segundo plano.
        Quando Obama resolveu não falar na Cinelândia, nem se expor na Cidade de Deus,  estava na cara que o presidente americano não veio ao Brasil só para passear no Corcovado à noite.   

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