quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O tal fim do mundo

     Há uma margem de erro muito grande para se acreditar que o mundo possa verdadeiramente se acabar nesse dia de hoje. Dificilmente haveria precisão nos cálculos de equivalência entre o calendário maia e o nosso calendário gregoriano. O que é certo é o movimento dos astros, dos meteoros, assim como o movimento de toda a galáxia, incluindo a translação da terra e a influência de tudo isso na vida das pessoas, segundo teoria de astrólogos e outros que  se aprofundaram nas coisas transcendentais
     Se existe a possibilidade de um meteorito  se chocar contra a Terra e acabar com tudo isso que se construiu até agora, a certeza do fim do mundo fica por conta de cálculos remotíssimo, intuitivos, ainda pelo senso comum, como conta de cabeça, embora dentro da lógica e previsibilidade que a mente humana pode profetizar.
     Ainda que a era Galileu Galilei tenha tornado as coisas mais ou menos certinha e perfeita, um movimento brusco, para mais ou para menos da primeira bússola, do primeiro esquadro e transferidor pode ter deixado nossos ancestrais e primitivos completamente fora de órbita, tanto que já previram o fim do mundo umas duas vezes e não aconteceu nada.
    Se alguém chegou perto de que o mundo chegaria ao fim, apenas sinalizaram o fim dos tempos, não do mundo, o que pode implicar no máximo numa mudança de comportamento das cabeças pensantes, tornando o nosso velho mundo de guerra mais vivo do que nunca.
    Curiosamente, em toda essa comédia de erro o maior dos equívocos foi descobrir que em nenhum momento os Maias cogitaram o fim do mundo em seus registros.
     Portanto, pode ir cada um retomando seu rumo que o mundo está respirando por aparelho, mas não está morto, não.     

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Contrato Social

     É mais provável que a presidente Dilma Rousseff só tomou essa decisão de manter a parte dos royalties que cabe aos estados produtores de petróleo por uma questão de credibilidade junto à opinião pública.
     Para um país que precisa manter fortalecidas as relações comerciais fora de suas fronteiras não fica bem quebrar contratos, uma vez que esse procedimento certamente não seria bem visto pelos diversos parceiros que o Brasil tem em  todo o mundo.
     No mesmo espaço de tempo em que o Brasil projetava ampliar seus laços com nações amigas figuras importantes da trajetória política brasileira se esmeraram em fazer de nosso país um recanto para toda a população, antes mesmo que os forasteiros nos tomassem como um eldorado.
     Pela história de luta política de Dilma Rousseff seria inconcebível que ela adotasse uma postura que não fosse a de proteger e ratificar a soberania brasileira.
     Só que a responsabilidade da presidente vai muito mais além da preocupação em cuidar da imagem do país perante à sociedade brasileira e a comunidade internacional. Pela bagagem trazida dos tempos de luta armada é importante que Dilma Rousseff continue empunhando a mesma bandeira dos ideais de interesse público, visando o resgate da dívida pública que o governo federal vem acumulando desde mandatos anteriores, fruto de má-gestão e corrupção.
    Ao acenar com medida provisória, obrigando o repasse de 100% dos royalties futuros para investimentos em educação a presidente estabelece com a sociedade um outro contrato, ao qual deve ser dispensado o mesmo tratamento quanto à observância das disposições nele contido.
    Ainda que não tenha força de lei, a intenção da chefe da nação traz um alento a quem vislumbra um novo horizonte para a coisa pública, dentro das atribuições que confere ao poder público a responsabilidade de gerir os recursos públicos com transparência e visão administrativa suficientes para trazer resultados promissores que possam efetivamente remexer os indicadores sociais críticos na área de educação.
     Agora cabe ao Poder Legislativo cuidar para que esse contrato social se torne uma realidade.