sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A riqueza do Maranhão é outra

     A classe política não se cansa de inventar discurso em cima do lance para postergar o poder inócuo que passa de mão em mão, ou de uma geração para a outra, no caso dos clãs já consagrados pelo extremismo de suas nulidades ou ineficiência.
   A última fala da governadora do Maranhão Roseana Sarney em sua explanação sobre a crise no sistema prisional daquele estado, além de confirmar a falência do executivo local em questão crucial para a segurança da população maranhense, ainda deixa transparecer para a sociedade brasileira o limite a que chegam determinados grupos políticos no velho expediente de tentar perpetuar a incompetência que grassa em todas as esferas de governo e em outros recantos desse país.
   Os indicadores sociais do estado do Maranhão não permitem que a governadora faça qualquer juízo de valor a respeito da situação socioeconômica de sua população em função de qualquer mudança positiva que porventura tenha contemplado uma pequena parcela do contingente daquele estado, sem que isso represente de fato algo saudável para a maioria.
  Não bastassem os demais problemas que não estão restritos ao sistema carcerário, Roseana Sarney ainda tem a infelicidade de estabelecer uma relação de causa e efeito completamente sem nexo, no momento em que deveria dar uma mínima satisfação à população sobre os reais motivos desse descontrole do governo do Maranhão na situação prisional sob sua responsabilidade.
   Se a situação em Pedrinhas chegou a esse ponto, significa que a governadora não deu a devida importância à questão fundamental da área de segurança pública de seu estado. 
   Agora que há iminência de interferência do governo federal no Maranhão, Roseana Sarney não poderá se furtar a adotar medidas que impeçam a continuação de velhos erros do passado, principalmente quando uma crise de tal magnitude ponha em risco a integridade física da população, e em casos extremos, perda de vidas humanas.
  Portanto, a única riqueza que consta na trajetória do Maranhão é o histórico de luta do povo, dos tempos de dominação externa aos dias de hoje, de vacilações de seus governantes.

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