sexta-feira, 6 de junho de 2014

A vez de Felipão

   Começou a época de dar pitaco na seleção brasileira para fazer valer a minha condição de técnico, entre os milhões que já existem pelo Brasil.
   Já nem me preocupa que o Felipão ainda tenha definido a equipe que vai estrear na Copa, o que não chegar a ser nenhuma surpresa em se tratando do técnico, que ao meu ver, ainda não evoluiu como o comandante dessa grande equipe que ele escolheu para fazer as honras da casa.
   Oxalá, que isso não aconteça, mas eu fico imaginando que Felipão ainda pode ter uns arroubos de mediocridade, reeditando aquela velha filosofia que mistura burocracia e mesmice que já ocorreu em outras edições dessa importante disputa.
   Essa equipe formada para esse Mundial já tinha dado mostra antes da convocação de que era a melhor formação que poderia colocar a seleção brasileira no mesmo patamar das outras seleções que se prepararam para triunfar na Copa do Mundo.
   A hegemonia que o Brasil detém no futebol só se restringe aos títulos conquistados, mas não há dúvidas de que o atual plantel da seleção pode recuperar o prestígio de ser a melhor seleção do mundo.
   Se eu ficar dando destaque a minha implicância com o Luiz Felipe Scollari, eu acabo me esquivando de enfatizar a qualidade de cada jogador que compõe a seleção brasileira, que dependendo da capacidade e visão do treinador pode se transformar numa equipe sempre lembrada, muito menos por uma eventual conquista desta edição, mas, principalmente, pelo brilho de uma grande atuação, como é até hoje destacado o feito do tri, em 1970.
   Naquela ocasião, Pelé, que já tinha prestígio internacional, foi tão protagonista daquela disputa quanto as outras feras em campo, por isso que aquele grupo figura no panteão das grandes conquistas.
   Na última Copa, vencida brilhantemente pela Espanha, a força do conjunto sobressaiu à excepcionalidade de cada integrante da Fúria.
   Hoje, muitas seleções que vêm disputado o Mundial atingiram um nível igual ou superior à seleção brasileira, não por causa da atuação isolada de um craque conhecido, mas pela estratégia adotada, em que prevalece o conjunto. E é aí que entra a evolução que a seleção brasileira precisa acompanhar, ou numa dimensão maior, do futebol brasileiro como um todo.
   O talento e a criatividade de Neymar já são reconhecidos antes de um grande triunfo com a amarelinha. Mas, pela disposição e configuração tática e técnica dos principais adversários do Brasil, dificilmente o ex-garoto da Vila vai carregar o time nas costas.
   Em todos os setores da seleção brasileira há jogadores de talento que podem facilmente aniquilar as investidas dos rivais. Aguardemos, agora, o Felipão mostrar o seu talento também, com a visão de quem sabe aproveitar com consistência o potencial de cada um de seus comandados, sem desconsiderar a força dos adversários.
   Como um título mundial em seu currículo e esse grupo nas mãos, Felipão pode chegar ao topo.
   Mãos à obra, Felipão! 

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