domingo, 3 de agosto de 2014

Velho futebol no novo Maracanã

Carlos Alberto Botafogo henrique Cruzeiro Série A


  Pelo menos no aspecto técnico, a partida entre o Botafogo e o Cruzeiro, no Maracanã, correu dentro da mais pura normalidade, considerando o nível do Campeonato Brasileiro que o público em geral já conhece de outras edições.
   Com isso, as jogadas bizarras, chutes sem direção, furadas, além de contrastar com a beleza do Maracanã, está bem distante daquilio que se tem aventado para a reformulação do futebol depois do fracasso do Brasil na Copa.
   Mas, eis que antes da partida, uma pane no sistema de bilhetagem comprometeu toda a organização para a venda de ingressos aos torcedores que deixaram para comprar as entradas no local.
   E se a liberação das catracas ao público evitou maiores confusões no entorno do estádio, o cenário também demonstra que as transformações que o Brasil precisa operar para reformular o futebol estão bem além das quatro linhas.
   Dentro de campo, o futebol nivelado por baixo em ambos os lados. O Cruzeiro, líder do campeonato, ainda tem uma melhor organização tática e mais recursos no banco de resevas, o que lhe permite correr à frente de seus rivais, como ocorreu ano passado.
   Quanto ao Botafogo, se há algo que precisa ser feito para melhorar o desempenho da equipe, vai depender da diretoria resolver sua grave crise financeira que afeta todo o grupo com salários atrasados, além do descontentamento da torcida, que por enquanto, ainda apoia o time, que mesmo vacilante em campo, se comporta de forma altamente profissional, como ficou comprovado nas últimas partidas, principalmente nessa contra o Cruzeiro, líder da competição.
   O que pode salvar o Botafogo nessa disputa, esse ano, é a mesma engenharia financeira que os outros clubes inadimplentes com a Receita Federal terão de empreeender, principalmente se a tal Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte conseguir fiscalizar e punir esse monte de dirigentes, há muito tempo com a pecha de degradadoires do futebol.
   Não custa lembrar que começa nos próprios clubes o primeiro passo para reestruturar o futebol, com ênfase na seleçãop brasileira.
   Se não for assim, vai continuar como o empate entre o Botafogo e o Cruzeiro, ou seja, se não morreu, também não mata ninguém.

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