segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O voo rasante do mosquito

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 É lamentável que uma doença que existe há quase sete décadas, só agora, finalmente, tenha o reconhecimento por parte da Organização Mundial de Saúde(OMS) da urgência de sua erradicação e prevenção.
   Assim como aconteceu com outras epidemias que tiveram origem em países longínquos, o zika vírus só chegou a esse nível de perigo internacional porque começou a vitimar cidadãos de nações que têm mais recursos para pesquisas que permitam o desenvolvimento de vacinas com fins de cura e prevenção.
    Como efeito principal do zika vírus, a microcefalia certamente terá impactos irreversíveis na vida social das pessoas em todos os quadrantes do planeta, o que fez a OMS, depois de reunião com cientistas, lançar esse alerta mundial.
     O Brasil, que tem estreitas relações, tanto com cidadãos que disseminaram o vírus quanto com quem pode eventualmente contrai-lo, deve ser beneficiado com o envio de recursos para a área científica dos países com mais probabilidade e registros de contaminações confirmados.
   É importante essa cooperação entre Brasil e Estados Unidos no acordo acertado entre o ministro da saúde Marcelo Castro e a secretária de saúde americana Sílvia Burbell, num complemento do que haviam acertado os presidentes dos dois países.
   O que a população precisa saber é que importantes unidades de pesquisas, como o Instituto Evandro Chagas, no Pará, Instituto Butantã, em São Paulo e Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro estão trabalhando incessantemente numa jornada nacional para desenvolver vacina, soro e medicamentos o mais rápido possível, segundo informou o ministro da saúde.
  Agora é esperar que tenhamos resultados satisfatórios antes que o zika vírus se torne um problema incontrolável para todos, mas sempre entendendo que todas as etapas de pesquisa tem seu tempo e complexidade, trazendo ansiedade para a população.
   Não custa lembrar, porém, que toda essa expectativa é fruto de falta de prevenção lá no passado, quando já era necessário um combate mais efetivo ao mosquito, mas tudo que foi feito era tímido, sem muito esforço, encarado como se fosse apenas uma chuva de verão.
   Enquanto o poder público e seu corpo científico não cheguem a uma solução definitiva para o controle do zika vírus, a população pode perfeitamente fazer a sua parte, seguindo à risca todas as orientações repassadas e divulgadas através da imprensa.
   É também um meio eficaz de evitar que o mosquito aedes aegypti continue dando esses voos rasantes por ai.

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