A cidade do Rio de Janeiro vive mais uma vez um momento importante de sua história. Cada vez que a população é convocada num pleito eleitoral, há sempre a expectativa de um novo modelo de administração para a nossa cidade.
Porque é visível aos olhos de todos que aqui vivem que todas as mudanças que o Rio sofreu nesses últimos tempos não foram suficientes para atender a necessidade de seus habitantes.
Todos os serviços públicos oferecidos à população são precários, e isso afeta e traz angústia a todos os cidadãos em seu cotidiano. Tanto a saúde, a educação, o transporte público e a segurança oscilam em pontos diferentes da cidade por falta de um modelo para cada uma dessas áreas, de modo que o Rio de Janeiro funcione de fato e chegue ao patamar de uma grande metrópole, com o mesmo nível de evolução e modernidade que já se verificam em outros centros urbanos.
Já não é mais preocupante que quem vem nos visitar encontre nossa casa desarrumada. O que preocupa é a agonia constante do cidadão que se desloca de casa para o trabalho, daquele que pena em hospital público e também sofre com a violência diária pelas ruas da cidade. São situações que afligem gente de todos os matizes e localidades.
Durante essa campanha eleitoral que chega ao fim, nenhum dos proponentes à prefeito do Rio acenou com um projeto com a mesma dimensão dos problemas que a cidade precisa resolver. Nenhum candidato apontou soluções concretas para transformar o Rio de fato.
Em 2012, sediamos o evento Rio+20, em cujo documento constam soluções que até hoje não foram postas em práticas aqui em nossa cidade do Rio de Janeiro. Foram acertadas naquela ocasião propostas de desenvolvimento sócio-ambiental com ênfase na sustentabilidade, mas como percebe-se, o conceito de legado às outras gerações tomou um outro sentido.
Não é mais viável que o gestor público maquie constantemente a cidade, passando a falsa ideia de que estamos acompanhando as tendências que se verificam em outras grandes metrópoles do mundo.
Pelo tempo que já se passou, de tantas oportunidades de transformações, seria natural que o eleitorado tivesse dificuldades de fazer escolhas pelo conjunto de propostas e ideias que viessem efetivamente transportar o Rio de Janeiro ao mesmo patamar do que ela de fato representa para a população.
Não é justo que o cidadão comum seja a maior vítima da hesitação e timidez de quem se propõe a governar a cidade do Rio e perde a oportunidade de deixar uma grande marca na história da administração pública.
A população merece que tenhamos um prefeito que faça da nossa cidade maravilhosa de verdade.