Quando tudo voltará ao normal? É uma pergunta feita e ouvida, meio que ao vento, com as palavras soltas e o pensamento também planando em várias cabeças por aí. Porque, o que seria o normal nesses tempos em que nada é mais novidade?
Embora já fossem eminentes as transformações ao nossos redor, há uma parcela de gente ainda incrédula diante de tanta mudança de rumo, de curso, de tanto desvio de trajetória.
Ainda que a evolução desse mundo louco já estivesse no script, há coisas que ainda apavoram as pessoas na forma como os fenômenos ocorrem, violenta, intempestiva, e o que é pior, deixando marcas, sequelas que em muitos casos ficarão para sempre.
A gente fala de tudo que rola por aí e ocorre simultaneamente, aumentando ainda mais a dimensão dos nossos medos e preocupações. As mudanças climáticas e as doenças já é certo de estarem no calendário do mundo, assim como as crises, conflitos e mazelas que fazem parte do cotidiano, pulsando na mesma cadência dos nossos batimentos.
A diferença é o grau, o tamanho das marcas que vão ficar em cada um, porque, claro, cada um tem sua estrutura física, emocional, espiritual própria para absorver os eventos e a energia que vem junto de todo e qualquer fenômeno.
Passa a ser uma questão pessoal conviver, sobreviver e resistir a algo que agonia e corrói por dentro. É um desafio na vida de cada um prosseguir num cenário de condições adversas dentro de seu mundo particular.
É certo que cada um tem seus recursos, seus amigos, sua família, seu amor, seu analista, sua fé e crença, a gente sempre recorre a eles, mas tem aquela coisa bem particular, algo diferente que cada um busca e acrescenta à sua bagagem naqueles recolhimentos que a gente faz em silêncio, um momento único.
Eu tiro por mim os conflitos que já enfrento por causa de meus projetos, junto às preocupações com a minha tribo, com quem compartilho minhas atenções e amores.
Não tem jeito, é uma cruz que cada um como eu vai fazer questão de carregar, porque o triunfo, o sucesso e a glória, enfim, vão depender dessa vitória particular. Nessa hora, é cada um com o seu b.o, amigo. Falam muito isso por aí. É um estímulo para quem vê as coisas pelo lado bom da vida.
Portanto, que estejamos sempre preparados para o que der e vier. Só assim tudo volta ao normal.