Depois de uma semana da visita de Barack Obama ao Brasil, eis que surgem os resultados das conversas a portas fechadas entre o presidente americano e a chefe da nossa nação, Dilma Rousself.
Antres da chegada de Barack Obama, já estava acertado que compraríamos álcool e gasolina dos Estados Unidos? Como fica o conceito do governo brasileiro após o seu recuo em relação ao conflito no Líbano?
Não é de hoje que a política da Casa Branca interfere nas relações que o governo brasileiro estabelece com outras nações. No caso específico do Líbano, o interesse comercial do Brasil àquele país, e a liberdade que o então presidente Lula manifestou a pólítica de Kadafi não deveriam servir de objeto de retaliação por parte de qualquer país que não se alinhem à soberania libanesa.
Com relação à política externa adotada no Planalto Central, nada se compara ao esforço do Brasil em fazer parte do Conselho de Segurança da ONU, e cada novo presidente americano que vem ao Brasil traz na bagagem o mesmo discurso de sempre: considerar apenas simpática a aspiração do governo do Brasil em participar definitivamente das reuniões que traçam os destinos do mundo nas questões de segurança.
Mas como o setor de energia no mundo todo é de área estratégica, o petróleo e as outras alternativas de energia acabam virando alvo dos países que não têm esses recursos para prosseguir, por muito tempo, em sua hegemonia.
Quando o Brasil fracassou na política do Pro-Álcool, em fins da década de setenta, certamente os membros da OPEP comemoram o nosso revés, pois, naquela época, assim como hoje, a emergência de um país do terceiro-mundo não era agradável aos olhos dos países desenvolvidos. Hoje, Brasil, Índia e Rússia só sentam à mesa comn a elite mundial porque têm mercado consumidor atraente.
O Brasil não alavancou o seu programa de enriquecimento de urânio, mas vem desenvolvendo importantes projetos de energia alternativa ao fim do petróleo, por isso, nãom seria difícil imaginar a cobiça dos forasteiros por nossos recursos, principalmente o Pré-Sal, que representa o grande trampolim para o Brasil, depois que os usineiros se acovardaram, em tempos atrás, exportando açúcar, que era mais rentável.
Desde a época do Ciclo do Ouro até a criação da Petrobras, ficamos sempre em segundo plano.
Quando Obama resolveu não falar na Cinelândia, nem se expor na Cidade de Deus, estava na cara que o presidente americano não veio ao Brasil só para passear no Corcovado à noite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário