Não adianta, não tem jeito, qualquer assunto que
deveria ganhar a dimensão de um grande debate acaba se politizando e, para ser
mais específico, se polarizando dentro de um ambiente onde dificilmente brotam
as soluções para o problema em questão.
Não seria diferente nessa operação policial na Favela do Jacarezinho, que num primeiro olhar só ganhou toda essa repercussão por conta do número de mortos no confronto naquela comunidade.
Agora, restringir a discussão apenas pela classificação que cada lado rotulou o caso só empobrece o debate com essas contendas de redes sociais, onde uma parte chamou de chacina, outra, de faxina, como se o desfecho da operação, dentro de resultados práticos dependesse apenas da forma como o assunto é tachado.
É compreensível que haja essa divisão de cunho ideológico, mas há outros fatores, outros elementos que devem ser incluídos na discussão, permitindo um outro posicionamento a respeito do problema, de forma que o verdadeiro debate transcorra fora desse ambiente de polarização.
No caso da velha questão da segurança pública, todo mundo já está careca de saber de vários eventos anteriores que sem um planejamento adequado, levando em conta os outros tais fatores e elementos dificilmente se terá resultados promissores, isso é certo, inclusive, o próprio governador Cláudio Castro, recentemente confirmado no cargo, não anunciou nenhuma medida para o setor, como costumam fazer os mandatários ao assumirem o poder.
Mas, de qualquer forma, a população sempre vai comemorar a eliminação de indivíduos que atentem contra a paz da população, contra agentes de segurança, enfim, que tragam instabilidade para a sociedade, mas tudo dentro de medidas que tragam as respostas que a população quer.
Na verdade, essas incursões policiais de forma esporádica em comunidades estão longe de trazer a paz para a população do Rio de Janeiro. Veja bem, foram mortas cerca de 28 pessoas supostamente ligadas a ações criminosas, mas, e aí? Acabou o problema lá no Jacarezinho? O tráfico de drogas local foi interrompido de vez? A polícia desbaratou de vez a quadrilha, desmontando seu esquema financeiro? A paz finalmente voltou à comunidade? A cúpula de segurança pública do estado tem planos para ocupar o Jacarezinho e inibir a retomada da bandidagem local?
Bom...na atual conjuntura não tem como responder positivamente a esses questionamentos, está estampado para todos verem aí, dando mais uma vez a impressão de um fato isolado, bem distante de uma proposta que amenize os efeitos da violência que há tantos e tantos anos vem trazendo agonia e apreensão ao povo do Rio de Janeiro, já calejado de tantos esforços que já foram feitos para estabelecer a tranquilidade que todos nós merecemos.
A última vez que aventaram a possibilidade de eliminar toda a sorte de delinquentes de nosso convívio, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), todo mundo sabe que fim deu, foi apenas um ensaio de coisa séria.
Portanto, é melhor que a questão da segurança pública e tantos outros problemas que o Rio de Janeiro tem seja discutido e conduzido fora do espectro ideológico, e sim, de acordo com nossas próprias necessidades, que tanto no morro quanto no asfalto são as mesmas, uma realidade que nem esse mimimi todo consegue esconder.
Não seria diferente nessa operação policial na Favela do Jacarezinho, que num primeiro olhar só ganhou toda essa repercussão por conta do número de mortos no confronto naquela comunidade.
Agora, restringir a discussão apenas pela classificação que cada lado rotulou o caso só empobrece o debate com essas contendas de redes sociais, onde uma parte chamou de chacina, outra, de faxina, como se o desfecho da operação, dentro de resultados práticos dependesse apenas da forma como o assunto é tachado.
É compreensível que haja essa divisão de cunho ideológico, mas há outros fatores, outros elementos que devem ser incluídos na discussão, permitindo um outro posicionamento a respeito do problema, de forma que o verdadeiro debate transcorra fora desse ambiente de polarização.
No caso da velha questão da segurança pública, todo mundo já está careca de saber de vários eventos anteriores que sem um planejamento adequado, levando em conta os outros tais fatores e elementos dificilmente se terá resultados promissores, isso é certo, inclusive, o próprio governador Cláudio Castro, recentemente confirmado no cargo, não anunciou nenhuma medida para o setor, como costumam fazer os mandatários ao assumirem o poder.
Mas, de qualquer forma, a população sempre vai comemorar a eliminação de indivíduos que atentem contra a paz da população, contra agentes de segurança, enfim, que tragam instabilidade para a sociedade, mas tudo dentro de medidas que tragam as respostas que a população quer.
Na verdade, essas incursões policiais de forma esporádica em comunidades estão longe de trazer a paz para a população do Rio de Janeiro. Veja bem, foram mortas cerca de 28 pessoas supostamente ligadas a ações criminosas, mas, e aí? Acabou o problema lá no Jacarezinho? O tráfico de drogas local foi interrompido de vez? A polícia desbaratou de vez a quadrilha, desmontando seu esquema financeiro? A paz finalmente voltou à comunidade? A cúpula de segurança pública do estado tem planos para ocupar o Jacarezinho e inibir a retomada da bandidagem local?
Bom...na atual conjuntura não tem como responder positivamente a esses questionamentos, está estampado para todos verem aí, dando mais uma vez a impressão de um fato isolado, bem distante de uma proposta que amenize os efeitos da violência que há tantos e tantos anos vem trazendo agonia e apreensão ao povo do Rio de Janeiro, já calejado de tantos esforços que já foram feitos para estabelecer a tranquilidade que todos nós merecemos.
A última vez que aventaram a possibilidade de eliminar toda a sorte de delinquentes de nosso convívio, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), todo mundo sabe que fim deu, foi apenas um ensaio de coisa séria.
Portanto, é melhor que a questão da segurança pública e tantos outros problemas que o Rio de Janeiro tem seja discutido e conduzido fora do espectro ideológico, e sim, de acordo com nossas próprias necessidades, que tanto no morro quanto no asfalto são as mesmas, uma realidade que nem esse mimimi todo consegue esconder.
Foto: Revista Exame
Publicação bem fundamentada meu irmão! Precisamos de planejamento, para acabar na raiz do colarinho problemático.
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