quarta-feira, 13 de novembro de 2024

NO LIMITE, NA MEDIDA

 

 Toda vez que a gente altera nossa agenda, acrescentando ou eliminando hábitos, é uma mudança de rumo também, porque desenha um novo caminho, uma trilha diferente daquela percorrida todos os dias, já quase parecendo até um modelo ideal a ser seguido para todo o sempre.
    Só que não. A monotonia é um sinal de que tudo já não anda mais naquele compasso que indicava o progresso, a evolução de tudo que pertence a nós, o sonho que vai se materializar, os projetos que tomam forma, o sopro que transforma a realidade também.
    Há sempre um gancho, um gatilho como se diz hoje, fechando um ciclo e, claro, abrindo outra porta com outros desafios à frente. São outras oportunidades que surgem, outras pessoas que aparecem ao nosso redor, outros amores e amigos, além de critérios diferentes para chegar à conclusões diversas.
   O melhor de tudo é a noção de que tudo tem uma medida certa para cada circunstância, e mais gratificante quando se faz essa descoberta.
    Não é sobre a dimensão das conquistas, isso é outra coisa. É sobre a energia que se usa para atingir objetivos. Há um meio termo, um equilíbrio entre a escassez e o desperdício de energia nos pequenos e maiores projetos.
    Agora mesmo, frequentando a academia, mais como aprimoramento que estética, a gente trabalha constantemente com nossos limites, o limite de nossos esforços, a proporção com que usamos nossas forças. No intervalo entre um exercício e outro a gente vai fazendo essa viagem louca cheia de descobertas pelo caminho.
     Com a experiência que já temos de outros quadrantes, não é difícil transportar a faculdade de empregar nossos limites às outras várias áreas de atuação, a todos os outros ambientes de convivência humana.
    E com isso, os sentimentos, as emoções dentro dos limites que cada ocasião exige. O sucesso de cada conquista, de cada vitória, de cada esforço e comprometimento depende exclusivamente da forma, ou melhor, da proporção com que se emprega as emoções.
    Há um fluxo diferente e específico de emoção para cada empreitada. A forma como gesticulamos, falamos, choramos, rimos. Um tom de voz, um olhar diferenciado pode estragar ou coroar um desejo qualquer por alguma coisa ou alguém. As paixões, as tragédias e quaisquer outras variantes das relações humanas, todos são resultados da medida certa ou errada de como nos expressamos.
   Leva tempo para criar esse discernimento e adquirir essa sabedoria. Mas, vamos que vamos. A gente vai aprendendo na prática, dosando um pouco mais, um pouco menos o que parece ser ideal para o que pretendemos na vida.


Um comentário:

  1. Amadurecendo, adquirindo sabedoria e dando valor ao nosso bem mais precioso!

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