A providencial e rápida resposta da força policial para desmantelar e prender os facínoras que barbarizaram os jovens em Mesquita jamais vai aplacar a dor dos familiares das vítimas, e tampouco o estado de choque que se abateu mais uma vez sobre a população fluminense, mas representa o melhor que a sociedade espera das forças de segurança do estado do Rio de Janeiro para fechar o cerco sobre quem vem sistematicamente tirando o sossego dos cidadãos.
Já passou da hora de o governo estadual estender a implantação da Unidades de Polícia Pacificadora nas demais localidades da região metropolitana do Rio, de modo que a atual política de segurança contemple as outras cidades do estado que também têm regiões conturbadas e carentes de policiamento.
Nas comunidades cariocas, as UPPs de uma certa forma inibiram a ação de bandidos, apesar dos números tímidos que se tem verificado nessas áreas ocupadas, mas é evidente que sua eficácia pode ser sentida no momento em que o poder público ampliar o raio de ação dessa importante empreitada, porque o terror que toma conta da população afeta a todos, e qualquer reação imediata da polícia traz alento a todos também. Nesse sentido, é preciso que o braço armado do governo amplie sua área de atuação com a mesma intensidade com que o poder paralelo age.
Mesmo que os outros municípios não tenham a influência política junto ao governador, sem sintonia política, ou recursos suficientes para pagar abono extra a policiais lotados em áreas conflagradas, como acontece na cidade do Rio de Janeiro, ainda assim o governo estadual deve se fazer presente permanentemente em qualquer localidade que haja foco de tensão, com a iminência de confronto que sempre coloca o cidadão comum nesse fogo cruzado.
A população de Mesquita e de todo o estado do Rio vêm ao longo de todos esses anos torcendo para que o governo estadual dê sempre um tiro certo como este.
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