Aconteceram muitas coisas no mundo, mas nada se compara à efervescência desse ano conturbado da nossa realidade brasileira. Pelo envolvimento de praticamente todas as pessoas, as reviravoltas e desdobramentos do cenário político finalmente mobilizaram a população em todos os recantos do Brasil.
Parece que os brasileiros se deram conta de como as ações dos representantes do povo em todas as esferas mexeram com a vida das pessoas em seu cotidiano. Seria melhor que esse sentimento de perda, de angústia, aflição, que de alguma maneira mudou agenda do povo servisse como educação e se refletisse nas escolhas das próximas figuras que virão para resolver ou atrapalhar mais uma vez a nossa vida.
Mas apesar de toda a apreensão, o país não parou e todo mundo continuou com seus afazeres. A responsabilidade que faltou aos agentes públicos que decepcionaram a população não fugiu à regra do cidadão comum sempre disposto e sábio, conciliando seus revezes com a alegria de viver.
Se a expectativa para o próximo ano não desenha um quadro positivo nos projetos que cada um tem para o futuro, a energia certamente será a mesma. Como já é de praxe na vida dos brasileiros, não faltará disposição para encarar outros desafios que virão.
A diferença é que agora pode haver mais vigilância, mais atenção nas coisas ao nosso redor. Para quem nunca se interessou em acompanhar as ações políticas na cidade, no estado e no país como um todo, fica agora uma grande lição a ser aprendida.
As redes sociais que serviram de palco para discussões acaloradas ao longo do ano servem também para acompanhar de perto tudo que envolve o interesse público, o bem comum.
É um momento de mobilização que precisa ter continuidade. Assim como aconteceu nas grandes tragédias que afligiram a população sempre unida pela dor e solidariedade, é necessário essa mesma força de conjunto para discutir os problemas da cidade e também o destino do país.
Certamente a agenda do próximo ano sofrerá os efeitos de 2016, porque tudo que for ensaiado e posto em prática só terá resultados a longo prazo, não só pela complexidade das principais questões do cenário político, corrupção e crise econômica, como também pela timidez com que esses assuntos são discutidos, sem qualquer perspectiva de soluções concretas.
Mas esse quadro já pode ser revertido já no ano que vem, desde que mesmo em meio a tantas atribulações haja uma vigilância constante, uma mobilização maior por parte da sociedade, toda vez que o patrimônio público estiver em xeque.
É nesse cenário e perspectiva que podemos comemorar mais um ano que virá.
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