domingo, 30 de dezembro de 2018

Felizes novos tempos!

  
   Ninguém poderá dizer que 2018 não foi um ano eletrizante, efervescente. Numa projeção para ao futuro, digamos seguramente que que esse ano jamais será esquecido.
   Dificilmente alguém não se envolveu com cada acontecimento no período. Essa conexão em nível global arrasta as pessoas de tal forma que ninguém ficou de fora dessa grande confusão que se formou em todos os eventos que rolaram este ano.
  Tudo que redundou em discussão, debate, atingiu níveis de stress e adrenalina bem acima do tolerável. O bagulho foi tão doido, com dizem por ai, que relacionando alguns fatos ocorridos há quem diga que o momento mais suave foi aquele arranca-rabo lá do aniversário do supermercado, onde neguinho disputou carrinho na porrada. Isso num ano com Carnaval na era Crivella e fiasco da seleção na Copa.
    Mas o grande destaque, claro, foram as eleições presidenciais que acirraram os ânimos de geral através das redes sociais e se estendendo pra onde tivesse gente respirando, com o mundo virtual e real se entrelaçando e redesenhando um novo mapa. Se pegou mal as vias de fato, ponto positivo para o engajamento em questão pertinente à vida das pessoas e o futuro do nosso Brasil.
   Mas, como sempre acontece, fica lições para o futuro e outras coisas por fazer. Pode ser que 2018 seja também o ano que não terminou, tipo aquele do Zuenir Ventura, porque, pelo amor de Deus...ô anozinho atribulado, esse! Ainda vão falar muito de 2018. Lá na frente vão lembrar daquele ano em que as relações humanas quase se esgotaram por força das diferenças nas ideias, nos pensamentos e nos atos.
    De qualquer forma, cada um que chegou até aqui, comemorando ou contabilizando os lucros e prejuízos, vai naturalmente enaltecer seu próprio poder de superação, como bem lembrou um amigo, destacando que o brasileiro sabe tirar onda duro também.
    Para o próximo ano, dificilmente viveremos num eldorado. Será outro ano de muito trabalho, ou seja, todo mundo fazendo o que sempre teve de fazer o tempo todo, ralar, resistir e perseverar, enquanto vamos experimentando de tempo em tempo novos representantes para as nossas coisas públicas, sem faltar, claro aquela pitada de decepção que acomete a todos nós brasileiros.
   A expectativa para o próximo período é a mesma de sempre. A gente até profetiza tempos maravilhosos no plano coletivo, mas a garantia mesmo de resultados promissores fica por conta de nossas conquistas pessoais, das coisas boas que a gente retoma, dos vícios do qual a gente se livra, dos novos conceitos que nos engrandece como pessoa humana, as novas amizades e outras novidades que nos reacendem, cada um com suas expectativas. Eu, particularmente, estou ansioso com a chegada do meu neto Antonio, que maravilha...!
   Se é uma incógnita o novo ano, desejamos um para outro a mesma força de sempre para superar os obstáculos, porque certamente ano que vem vai ter pedra no sapato de uma grande maioria. Mas que sobre espaço mais pra risos que tristeza em todos ao nosso redor. Ah...já ia esquecendo...tudo isso, sempre com ênfase no amor.
   Feliz novos tempos a todos!   

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A Lagoa é reluzente

  
 Houve um tempo em que a Lagoa Rodrigo de Freitas tinha um charme bem diferente de todo esse brilho que essa árvore desperta nessa época do ano.
    A Lagoa como um recanto original do Rio nunca precisou de outros elementos  para complementar a sua beleza projetada em seu próprio espelho d'água, porque, seja de dia ou à noite, há algo majestoso naquele manto que nem mesmo os passantes, muitos deles não percebem.
   Sou da época do Tivoly Park, que era um atrativo à parte, mas que não acrescentava nada à beleza da Lagoa. Nem mesmo o odor fétido dos peixes mortos naquele tempo não tirava o frescor da bela paisagem, pois a Lagoa já exalava sua própria fragrância e não era um fedor qualquer daqueles sazonais que iriam tirar-lhes a essência.
   Eu falo e refaço essa cena porque eu já vivi a atmosfera dali em tempos de outrora, quando eu  frequentava a rua Fonte da Saudade e sempre tirava um tempinho para ficar sentado na beira da Lagoa contemplando todo aquele cenário maravilhoso com o Morro Dois Irmãos ao fundo.
   Hoje, dificilmente essa árvore de brilho artificial torna a Lagoa mais feia ou bonita. Por mais reluzente que ela(a árvore) seja, dificilmente ela inspire os corações de quem já conhece não é de hoje a geografia da Lagoa, incluindo suas curvas, as gaivotas que nela sobrevoam, o rush dos carros, ciclistas e corredores.
    Se há um sopro de inspiração naquele pisca-pisca gigante, só se for para os forasteiros, aqueles que conhecem a Lagoa apenas pelo cartão-postal, porque para nós que já vimos a Lagoa tipo que nua em pelos, toda vez que passamos pela Curva do Calombo ou contornado pela Borges de Medeiros rola um misto de nostalgia e satisfação.
   Que a Lagoa Rodrigo de Freitas possa cada vez mais atrair e instigar olhares românticos, de preferência sem esses acessórios de ocasião, pois a nossa eterna e reluzente Lagoa não precisa de enfeites, ela tem brilho próprio.