De todas as tragédias que sacodem a humanidade, já está provado que aquela que fustiga as crianças é a mais cruel.
Não seria menos sofrível se estivéssemos hoje apenas capitulando as vezes em que todos os anjos perderam suas asas para sempre, mas é doloroso demais saber que ainda rola esses eventos em que uma criança se perde ao sabor da estupidez humana.
Talvez até o velho argumento do destino reservado às pessoas se perca completamente quando quem parte é alguém que pode não ter merecido esse destino; quando quem se esvai nas nuvens poderia fazer a diferença entre nós.
Agora, os sonhos do indefeso Henry Borel e de tantos outros anjos viraram uma grande lacuna que nunca será preenchida, nem se a lei daqui tivesse o martelo mais pesado do mundo. Se a mão pesada de Deus castigar quem operou essa crueldade ao menino, apenas o próprio anjo receberá o conforto no plano em que ele estiver agora ou para sempre.
Para nós que ficamos aqui embaixo, fatalmente veremos a repetição de velhos erros, porque isso já é recorrente na natureza humana, esse negócio de a vida não valer nada. Não há lei que faça reparações à altura do que choramos hoje, aquele pai aos frangalhos tentando juntar os caquinhos, sem a garantia de que ele vai conseguir prosseguir, ainda que sua dignidade e amor estejam intactos.
Pelo andar da carruagem, estaremos fadados a morrer de angústia ou pelo ódio dos semelhantes, porque dificilmente a ganância, o poder, a inveja vão se desvencilhar do pouco de beleza que ainda nos resta, porque essa gente maldita vai sempre arranjar um jeito de parecer decente usando o velho discurso moralista. Essa gente vai corromper o mundo pra atingir seu objetivo, nem que ele tenha que sujar seu próprio sangue e sacrificar sua cria pra fingir que é poderoso.
Já foi o tempo em que o perigo rondava as ruas, nossas sombras fugindo das bombas, aquele pavor em cada esquina, apenas isso, era só voltar pra casa, tranquilo. Mas eis que vem de berço o infortúnio dos anjos, que por uma conjunção de fatores ou desgraça, como queiram, nasceram do ventre de seu próprio inimigo, porque o poder, o capital estão desfigurando as famílias, quando muitos imaginavam que essa instituição, a mais nobre, por sinal, seria a única fortaleza de pé ao final dos tempos.
Quando a gente já sentia um tempo nebuloso pela pandemia e outros males dos novos tempos, eis que o mundo já vinha definhando pela partida de nossos anjos.
Boa tarde,amigo!Infelizmente não será o ultimo😰Assim como aconteceu com a Isabela😰São os anjinhos pagando pelos erros dos adultos que os deveriam proteger😰Sempre fico muito tocada com esses acontecimentos...suas palavras me emocionaram😰
ResponderExcluirLamentável, querida! Sem explicação!
ExcluirMiguel não consigo entender uma mãe ter a coragem de compactuar com tamanha barbaridade em troca de luxúria, ganância, status, muito triste inconcebível
ResponderExcluirA humanidade está definhando,querida! Lamentável!
ResponderExcluirE eu achando que com a pandemia os humanos ficariam mais humanos. Me enganei! :(
ResponderExcluirA humanidade vai desperdiçando as chances que têm!! Pode ser tarde depois!
ExcluirEu, como mãe, não consigo entender certas mulheres que não cuidam da cria. Deixasse o menino com o pai!
ResponderExcluirUma questão fácil de ser resolvida,faltou o bom e velho diálogo!
ResponderExcluirA criança dá sinais e as pessoas próximas não notam. Estou destroçada, mais um inocente que se vai!
ResponderExcluirNinguém conseguiu entender os apelos da criança. Lamentável!
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