Aos poucos vai se dissipando essa nuvem de impertinência quanto às coisas do Brasil e finalmente a questão do tarifaço vindo lá da terra do Tio Sam vai se assentando no seu ambiente devido, em que as partes vão se falando, interagindo dentro da normalidade e razão com que devem rolar todos esses expedientes de relacionamento humano, de povos e também de nações.
É importante destacar que o governo americano sempre impôs sanções a seus interlocutores toda vez que os Estados Unidos farejam perigo em suas relações comerciais com algum prejuízo ou déficit iminentes.
Tudo que o Brasil exporta tem um preço, ainda que isso traga benefícios para as nossas contas. Qualquer país que precisa comprar de fora de suas fronteiras para atender suas demandas internas se preocupa também em proteger seu mercado interno. O protecionismo sempre foi uma prática normal não só aos americanos. Os blocos econômicos em todo o mundo também puxam mais brasa para suas sardinhas, não é de hoje.
Por isso não seria diferente para o Brasil defender seus interesses toda vez que há interferência e instabilidade no mercado, seja em tempos de crises ou na agenda normal da globalização.
Para os Estados Unidos, se aumentam os riscos para seus negócios quando novos acordos se concretizem em escala global, é bom que os americanos saibam que as consequências de eventuais sanções a quem quer que seja têm efeito nos dois lados, tanto que houve reação inversa de representantes de setores americanos envolvidos no comércio com o Brasil à decisão de Donald Trump de levar a cabo aquele tresloucado propósito, ainda mais como nos moldes antigos, com requintes de intromissão a uma causa que só compete ao Brasil resolver.
Hoje o Brasil é um país totalmente fortalecido em todas as suas instâncias e instituições e isso se reflete em sua relação com o mundo todo. Se antes havia dúvidas e incertezas de uma nação fragilizada economicamente de quando o Brasil dependia de altos investimentos vindo de fora para se manter de pé; de quando o Brasil pedia dinheiro emprestado e não pagava, só pedia moratória, empurrava com a barriga, e por isso se rendia à intromissão alheia, principalmente dos Estados Unidos, hoje isso não tem mais.
Felizmente o Brasil amadureceu o suficiente para manter de pé suas posições diante de qualquer parceiro em igualdade de condições, justamente por sua independência e soberania. Será sempre saudável para o país e para os brasileiros que o Brasil seja respeitado e fortaleça cada vez mais suas relações com qualquer nação, sem que isso implique interferência externa aos interesses e assuntos do Brasil. Ou seja, nossos abacaxis a gente mesmo descasca.
Sobre o imbróglio comercial com os americanos, tudo será resolvido dentro da esfera comercial e diplomática entre os dois países.
Nem precisa desenhar pra entender esse balcão de negócio.
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