Ah, essa maravilha das tecnologias impulsionando nossa vidas, que a gente quase esquece de como eram as coisas no passado. Mas nada vai prosseguindo, seguindo seu rumo sem que possamos olhar para trás e lembrar que tudo funcionava, sim, ainda que houvesse uma certa precariedade.
Numa perspectiva da mesma proporção de tempos de outrora certamente essas ferramentas de última geração que a gente usa agora ficarão obsoletas já na semana que vem, sei lá.
Para a minha geração que beira os sessenta anos com margem pra mais ou pra menos é gratificante cumprir esse rito de passagem com um certo saudosismo até, porque, na moral...era bem bacana e igualmente desafiador colocar aquelas fichas no “orelhão” e mandar o papo num tempo recorde.
Para quem ainda mantém hábitos antigos é normal ser questionado por conservá-los até os dias de hoje sem constrangimento algum. Já me perguntaram por que ainda leio jornal como se não houvesse funcionalidade tal prática hoje em dia.
No intervalo entre uma matéria e outra fiquei imaginando a dificuldade que eu teria se tivesse de explicar ou traduzir a essência de se aprofundar mais nas coisas pra buscar resultados, se inteirar dos fatos numa outra dimensão. A estética de se debruçar sobre algo mais apurado torna automaticamente sem sentido a natureza do que hoje é completamente superficial.
A gente que teve de se adaptar às novas funções que as tecnologias criaram acabamos ganhando também mais quilometragem mesmo demorando mais tempo para processar tudo ao mesmo tempo. A sabedoria e a capacidade de se adequar aos novos tempos será sempre lembrados como uma grande conquista. Nada pode desconstruir essa realidade.
Há um grande barato nesse resgate do que parece às novas gerações algo ultrapassado e fora de propósito. Talvez até faça parte da evolução humana conseguir conciliar o passado e o futuro para entender todo o processo, como já fazem os antropólogos em seus campos de atuação.
Ainda mais hoje, quando principalmente a informação vem cheia de lacunas a serem preenchidas, é mais confiável recorrer a métodos antigos para chegar o mais próximo possível da realidade de tudo que está ao nosso redor.
O mundo está bombando, mas essa profusão de informação rasteira deixa de fora o que precisa ser de fato divulgado, fazendo um universo de gente se contentar com a notícia sem apuração, mas espetaculosa, naquele velho cenário em que a forma é que se sobressai ao conteúdo.
Vai vendo então.
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