terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cidade do Samba

      Como qualquer evento que se presa, o carnaval não fica livre de imprudências e imperícias de seus organizadores. O incêndio ocorrido nos galpões de algumas agremiações na Cidade do Samba dá bem a dimensão do despreparo dos organizadores e dos órgãos de fiscalização quanto à segurança da festa que há muito marca o nosso calendário cultural. Em um mês talvez as escolas prejudicadas pelo sinistro consigam realizar um desfile digno, livre do crivo dos jurados. Menos mal que não houve vítima fatal, mas o prejuízo material dificilmente será recuperado dentro do pouco tempo que resta até o dia dos desfiles, com isso, a Portela, União da Ilha e Grande Rio certamente não trarão para a avenida a estética que elas programaram durante um ano de preparativos, e a tristeza que se abaterá na Marquês de Sapucaí só poderá ser compensada com a peculiar garra e superação dos integrantes. Na verdade, o único esforço que o povão pode fazer para não deixar o samba atravessar.
       O infeliz acidente não vai tirar o brilho do carnaval, mas serve de alerta para outros eventos que virão, como Copa do Mundo e Olimpíadas. Depois da quarta-feira de cinzas muita coisa precisará ser feita na Cidade do Rio de Janeiro e do Samba.

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