A mídia vem fazendo umas enquetes para saber quem será o craque da Copa ao mesmo tempo em que especula qual será a melhor seleção.
O futebol não se revolucionou como costumam alardear aos quatro ventos, tanto que o paradoxo que cerca o velho esporte bretão continua com a mesma roupagem.
No tempo em que o governo de ocasião dava pitaco no scratch alheio para garantir audiência, o chute que o Neymar daria hoje seria desferido pela Dilma Rousseff, e a volta olímpica contornaria o Palácio do Planalto.
O que parece não mudar é que o melhor boleiro da peleja não implica necessariamente o cara com o peito estufado e a medalha de campeão.
O futebol nunca ganhará ares de modernidade enquanto o aspecto coletivo não se fizer presente, o que não quer dizer que alguns títulos conquistados não tenham ocorrido com o comprometimento de todo o grupo, como aconteceu com aquelas seleções que levantaram o caneco bem distante de sua gente, sem a interferência política ou o craque da vez carregando o piano sozinho.
Se o Gighia não levava a Celeste nas costas, pelo menos ele leva fama até hoje por desmoronar a soberania brasileira. Naquela época, o Barbosa seria crucificado de qualquer forma, mesmo se a construção do Maracanã tivesse saído baratinho.
Eu não acredito que essa Copa vai ser diferente daquela que passou. É tanta bajulação ao Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo, Ribéry...
A dúvida é se houver outro Maracanazzo. O povo vai botar a culpa em quem? No Júlio César ou no Felipão?
Ou a Dilma é que pagará o pato pela Copa da vez?
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