Foi o que disparou Luiz Felipe Scolari, fechando o ciclo de tudo que poderia ser falado nesse período de preparação para o Mundial.
Dentre as falas incertas, sem sentido, o melhor agora é que isso não tenha efeito algum, para que não interfira nas ações concretas e altamente positivas que a seleção brasileira ensaiou para enfrentar essa batalha que se inicia.
No momento mais inoportuno que se possa imaginar a força das palavras acaba tomando uma dimensão de caráter irreversível, em que automaticamente mexe com os brios e infla o ego do oponente, ao mesmo tempo em que cria na origem das palavras a falsa sensação de segurança, uma inocente expectativa de que tudo vai dar certo.
Quando, por exemplo, o Carlos Alberto Parreira disse que o Brasil já está com uma mão na taça, é muito cedo para afirmar que ele tinha razão, mas é certo também que as palavras dificilmente se sobreponham às ações antes do jogo jogado, o que aos ouvidos de quem tem interesse em tão infeliz discurso pode fortalecer o que parecia ser frágil num primeiro olhar.
No futebol, tão volúvel e dinâmico, mais do que nunca, se não tiver um efeito devastador, pelo menos põe por terra todo um esforço de caráter técnico e psicológico executado para um grande enfrentamento, mesmo que haja tempo suficiente para recuperar as forças e aniquilar o adversário.
Agora que a bola vai rolar, não há mais tempo para discursos inúteis, que em edições anteriores causaram muitas frustrações e desapontamentos.
Que fique apenas os torcedores com seus delírios, seus sonhos, paixões e ilusões em meio a uma grande festa, um grande espetáculo.
A Copa do Mundo é uma grande oportunidade de afirmação da força, da coragem e, principalmente, da inteligência, traduzidos só e unicamente por ações, que no universo do futebol requer apenas a excelência dos principais fundamentos, com vistas ao triunfo.
Chegou a hora.
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