quarta-feira, 18 de junho de 2014

Felipão não sabe nada

   Quando o árbitro encerrou a partida da seleção brasileira contra o México, a primeira coisa que me veio à cabeça foram as duas goleadas que Holanda e Alemanha impuseram aos seus respectivos rivais.
   Não que eu esteja profetizando o infortúnio da seleção na próxima fase da competição. Mas, se a supremacia dos holandeses e alemães em suas primeiras partidas não é garantia de que alguma de ambas conquistarão o Mundial, pelo menos serve de parâmetro para avaliar as dificuldades que a seleção do Brasil vai encontrar nas outras etapas da Copa.
   Geralmente as equipes que mais se destacam numa disputa desse nível são justamente aquelas que evoluem ao longo da disputa, o que em nenhum momento a seleção brasileira demonstrou nesses dois primeiros jogos contra a Croácia e México, ao meu ver, dois meros figurantes nessa Copa.
   Na verdade, esses dois confrontos iniciais ficaram no mesmo nível dos amistosos realizados anteriormente. E quando a bola rolou para valer, a seleção não apresentou nenhuma novidade que configurasse um diferencial a mais para a disputa, considerando as mudanças que as outras equipes operaram nesses últimos tempos.
   Quando a gente vê a Alemanha jogando sem laterais e centroavante fixos, a primeira impressão que se tem é que dificilmente a seleção brasileira vai ter condições de suplantar uma equipe de grande expressão, se continuar jogando com essa burocracia de sempre.
   Desde o momento em que Felipão não consegue explorar o potencial que cada integrante de seu grupo demonstra em seus respectivos clubes, é possível perceber que Luiz Felipe Scolari está longe de ser aquele técnico com ideias revolucionárias, com padrões inovadores, que possam recolocar a seleção brasileira no topo do ranking mundial.
   E o que mais preocupa é que a CBF nunca demonstrou interesse em promover qualquer mudança nessa filosofia reconhecidamente conservadora na condução do futebol brasileiro.
   Na próxima etapa da Copa, a seleção brasileira pode ter uma grande prova de fogo, independente do adversário a encarar.
   A dúvida é saber se o técnico vai ter tempo suficiente para por em prática uma nova estratégia que lhe permita prosseguir na competição. 

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