sexta-feira, 19 de agosto de 2022

O TRIUNFO DA MORAL

  

     Não tinha como ser de outro jeito o destino de Gabriel Monteiro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, se a gente pensar no fortalecimento das instituições de um modo geral.
    Independente das relações que o agora ex-vereador tinha com outros integrantes daquela Casa, uma situação que pudesse livrá-lo de uma punição qualquer, com ou sem cassação, há uma tendência e um esforço dentro de qualquer órgão em defender a instituição primeiramente.
     Não seria diferente na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, uma instituição que sempre teve na figura de cada parlamentar ali assentado a responsabilidade de representar fielmente e moralmente o cidadão carioca.
    Certamente a massa votante que o elegeu apostava em suas propostas de denúncia de eventuais irregularidades, descasos e desmandos em serviços públicos, mas o seu comportamento fora da agenda parlamentar acabou por definir o destino de quem poderia estar desenvolvendo altos projetos para a cidade, mas não chegou a representar o cidadão do Rio de Janeiro em suas necessidades e urgências.
    Isso serve de alerta para todas as vezes em que a população for convocada a escolher seus representantes avaliar bem, pois o político traz para a vida política seus princípios, sua personalidade, caráter e valores que certamente vão influenciar sua trajetória de agente público.
     Quando se fala em renovação política, a parte dos eleitores é justamente observar esses detalhes para que não haja prejuízos para a sociedade, porque o indivíduo quando ganha essa credibilidade ele acaba representando um universo muito maior que o grupo que o elegeu, e qualquer desvio de conduta vai comprometer o interesse coletivo.
      No caso do Gabriel Monteiro, isso certamente pesou nos trabalhos da Câmara Municipal do Rio para retirar o vereador dos quadros da casa, como aconteceu recentemente com o Dr. Jairinho, todos sabem.
     Parece que não, mas há uma geração de políticos íntegros em todas as correntes políticas, tanto da velha quanto da nova geração, inclusive na Câmara Municipal do Rio, que têm essa premissa básica, esse compromisso de representar de fato a população em todos os seus anseios. É um grupo que tem a moralidade e a transparência como pano de fundo de seus projetos. E essa gente falando por nós se incomoda com um mínimo vestígio de má conduta que possa manchar a imagem da casa e desviar o rumo do que realmente interessa naquele ambiente.
     Se o declínio de Gabriel Monteiro frustrou sua gente, uma parcela muito maior comemorou a vitória da moral. É isso que a população espera de seus reais representantes em qualquer ambiente, em qualquer esfera política, o triunfo da moralidade.

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