segunda-feira, 22 de setembro de 2025

ALEGRIA, ALEGRIA



    Não poderia ser diferente a reação de uma grande massa de brasileiros nas ruas de praticamente todas as principais cidades do Brasil nesse dia histórico.
     É claro que qualquer brasileiro com o mínimo de bom senso, consciência e, principalmente, patriotismo iria gritar mais alto contra toda e qualquer tentativa de retrocesso por parte, justamente de parlamentares, aqueles que teoricamente os representam, de ensaiar e levar a cabo esse malfadado projeto de anistia para eventuais punições de políticos às voltas com investigações na justiça.
    No momento em que há vários projetos para a vida brasileira em andamento no Congresso Nacional, é inadmissível que parlamentares queiram legislar de acordo com seus interesses.
    Não poderia jamais passar batido pela população o que se revela um grande retrocesso para todo o país, entendendo que uma sociedade moderna depende exclusivamente de uma legislação rigorosa o suficiente para punir quem sequer que seja, claro, dentro das prerrogativas dos próprios órgãos jurídicos para essa grande e importante tarefa, e não a interferência do Legislativo para decidir o destino de seus pares no âmbito da justiça, como quer essa horda de deputados clamando em alto e bom som por anistia.
     É animador para a democracia essa resistência, essa vigilância constante, porque o futuro do Brasil vai precisar sempre que a população reivindique que o país prossiga adiante com seus projetos e urgências no âmbito dos três poderes constituídos, cada um com seus papéis na agenda brasileira e conforme a constituição determina.
    Diante de tamanha movimentação em prol da justiça e da soberania, o ideal é que haja uma renovação completa nas próximas chamadas do eleitorado nas cadeiras do Congresso Nacional para que não sobre assento a quem insista em subverter a ordem democrática. Independente de quem vai governar o país, é importante que o Legislativo tenha o máximo de figuras comprometidas com os interesses da população, empenhadas em levar adiante os principais projetos para o Brasil.
    Esse é o momento ideal para apagar os últimos vestígios daquela velha república cheia de vícios; expurgar das fileiras da Câmara dos Deputados todos aqueles que atentam contra a soberania nacional. Fora de qualquer corrente ideológica, o mais importante é a responsabilidade de cada um com a coisa pública.
    Se todas essas pessoas, esses políticos malfeitores que fazem propaganda contra o Brasil, empunhando e saudando a bandeira alheia não têm a mínima noção de civilidade e patriotismo, há uma massa muito maior a levantar a nossa verdadeira bandeira.
    É essa gente que vai efetivamente fortalecer a democracia brasileira aos moldes do que se pretende para um país moderno, independente e soberano.
    No mais, sem anistia.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

LEMBRA DO JORNAL?

  

   Ah, essa maravilha das tecnologias impulsionando nossa vidas, que a gente quase esquece de como eram as coisas no passado. Mas nada vai prosseguindo, seguindo seu rumo sem que possamos olhar para trás e lembrar que tudo funcionava, sim, ainda que houvesse uma certa precariedade.
    Numa perspectiva da mesma proporção de tempos de outrora certamente essas ferramentas de última geração que a gente usa agora ficarão obsoletas já na semana que vem, sei lá.
    Para a minha geração que beira os sessenta anos com margem pra mais ou pra menos é gratificante cumprir esse rito de passagem com um certo saudosismo até, porque, na moral...era bem bacana e igualmente desafiador colocar aquelas fichas no “orelhão” e mandar o papo num tempo recorde.
    Para quem ainda mantém hábitos antigos é normal ser questionado por conservá-los até os dias de hoje sem constrangimento algum. Já me perguntaram por que ainda leio jornal como se não houvesse funcionalidade tal prática hoje em dia.
    No intervalo entre uma matéria e outra fiquei imaginando a dificuldade que eu teria se tivesse de explicar ou traduzir a essência de se aprofundar mais nas coisas pra buscar resultados, se inteirar dos fatos numa outra dimensão. A estética de se debruçar sobre algo mais apurado torna automaticamente sem sentido a natureza do que hoje é completamente superficial.
     A gente que teve de se adaptar às novas funções que as tecnologias criaram acabamos ganhando também mais quilometragem mesmo demorando mais tempo para processar tudo ao mesmo tempo. A sabedoria e a capacidade de se adequar aos novos tempos será sempre lembrados como uma grande conquista. Nada pode desconstruir essa realidade.
      Há um grande barato nesse resgate do que parece às novas gerações algo ultrapassado e fora de propósito. Talvez até faça parte da evolução humana conseguir conciliar o passado e o futuro para entender todo o processo, como já fazem os antropólogos em seus campos de atuação.
   Ainda mais hoje, quando principalmente a informação vem cheia de lacunas a serem preenchidas, é mais confiável recorrer a métodos antigos para chegar o mais próximo possível da realidade de tudo que está ao nosso redor.
    O mundo está bombando, mas essa profusão de informação rasteira deixa de fora o que precisa ser de fato divulgado, fazendo um universo de gente se contentar com a notícia sem apuração, mas espetaculosa, naquele velho cenário em que a forma é que se sobressai ao conteúdo.
     Vai vendo então.