Não há registro de que algum comandante tenha abandonado o barco na época das grandes navegações, o que seria considerado um atentado à própria honra, antes que alguém à bordo ventilasse essas coisa de desvio ético-moral. Mesmo porque o objetivo a ser alcançado em terra firme era mais importante, e a parca tecnologia empregada naqueles tempos era suficiente para afastar qualquer perigo em alto-mar.
Só que depois que o processo de colonização começou a se desfazer, os chefe de estados também abandonaram suas colônias, deixando-as à deriva, ou que dizer, à míngua, o que pode ser considerado o primeiro expediente de salve-se-quem-puder depois do advento da bússola, já que o famoso "Terra à vista" despertava uma expectativa muito maior.
Hoje, quando vemos as nações da América Latina e, principalmente as da África, ainda em processo de desenvolvimento, significa dizer que seus colonizadores abandonaram o barco, com um monte de gente tentando se salvar até hoje.
Não é de hoje que nos deparamos com pantominas de figuras que estão no poder, ou por cima da carne seca, como queiram, que acabam pulando do barco quando o bicho está pegando.
Agora que todo mundo já sabe que o tal de Francesco Schettino é o maior bundão, é preciso separar o ineditismo do desvio de conduta do comandante do navio italiano do expediente de vacilações que cerca o comportamento contemporâneo da vida política, social e econômica da humanidade. Há muito que convivemos com esses reveses aqui na vida comum, seja representados, ou remando nosso barco, como fazemos no nosso dia-a-dia.
No caso específico de Schettino, foi uma surpresa saber que quem seria o último foi o primeiro a meter o pé, fugir de sua responsabilidade, abdicar-se de seu papel social, da função que lhe foi confiada, pela competência que a princípio parece que ele tinha.
Eu nem vou me reportar à crise que cada vez mais se avoluma na Europa e em outras nações fora do velho continente, porque está na cara que falta clareza de ideia, como bem frisou Dilma Rousseff, no discurso de abertura da Assembleia da ONU, ano passado.
Só que depois que o processo de colonização começou a se desfazer, os chefe de estados também abandonaram suas colônias, deixando-as à deriva, ou que dizer, à míngua, o que pode ser considerado o primeiro expediente de salve-se-quem-puder depois do advento da bússola, já que o famoso "Terra à vista" despertava uma expectativa muito maior.
Hoje, quando vemos as nações da América Latina e, principalmente as da África, ainda em processo de desenvolvimento, significa dizer que seus colonizadores abandonaram o barco, com um monte de gente tentando se salvar até hoje.
Não é de hoje que nos deparamos com pantominas de figuras que estão no poder, ou por cima da carne seca, como queiram, que acabam pulando do barco quando o bicho está pegando.
Agora que todo mundo já sabe que o tal de Francesco Schettino é o maior bundão, é preciso separar o ineditismo do desvio de conduta do comandante do navio italiano do expediente de vacilações que cerca o comportamento contemporâneo da vida política, social e econômica da humanidade. Há muito que convivemos com esses reveses aqui na vida comum, seja representados, ou remando nosso barco, como fazemos no nosso dia-a-dia.
No caso específico de Schettino, foi uma surpresa saber que quem seria o último foi o primeiro a meter o pé, fugir de sua responsabilidade, abdicar-se de seu papel social, da função que lhe foi confiada, pela competência que a princípio parece que ele tinha.
Eu nem vou me reportar à crise que cada vez mais se avoluma na Europa e em outras nações fora do velho continente, porque está na cara que falta clareza de ideia, como bem frisou Dilma Rousseff, no discurso de abertura da Assembleia da ONU, ano passado.
Aqui, em terra brasilis, tem muito mais gente pulando do barco, sem largar o osso, acumulando as funções de não fazer nada efetivamente e de abandonar a coisa pública. É claro que quem está no poder acaba cumprindo seu mandato numa boa, até se reelege, ficando mais tempo segurando o timão, mas sem seguir o rumo certo, é verdade.
Porque quando o agente público não consegue atender os anseios de toda a população, não cumpre a responsabilidade pelos investimentos nos principais serviços públicos, não obedece as regras do orçamento prevista para o exercício, significa que há um desvio de rota, mesmo com alguém no comando.
Para seguir um exemplo bem próximo, vejamos as prefeituras da Região Serrana do Estado do Rio, que não conseguem minimizar os efeitos dos temporais naquela região, deixando vários cidadãos naufragados até hoje. Num caso mais remoto, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, que com mais de cem anos, ainda não fez valer sua importante função.
Porque quando o agente público não consegue atender os anseios de toda a população, não cumpre a responsabilidade pelos investimentos nos principais serviços públicos, não obedece as regras do orçamento prevista para o exercício, significa que há um desvio de rota, mesmo com alguém no comando.
Para seguir um exemplo bem próximo, vejamos as prefeituras da Região Serrana do Estado do Rio, que não conseguem minimizar os efeitos dos temporais naquela região, deixando vários cidadãos naufragados até hoje. Num caso mais remoto, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, que com mais de cem anos, ainda não fez valer sua importante função.
Não é de hoje que há vários homens públicos à deriva e outros tantos homens comuns à míngua, num processo cujos resultados se alteram de acordo com a maré, ou com os interesses, depende.
Boias ao mar!
Boias ao mar!
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