Eu não poderia perder a oportunidade de enviar tão importante mensagem por sua vinda ao Rio de Janeiro, num momento crucial para a nossa população. Só estou na dúvida se o que me move nessa empreitada é fruto de meu próprio entusiasmo, pela generosidade de sua missão, ou se pela expectativa de novos tempos que eu vi no semblante dos peregrinos.
É claro que o carisma é a marca principal de quem se propõe a falar para um público tão diversificado como esse da Jornada Mundial da Juventude, principalmente agora que a Igreja Católica busca recuperar grande parte de seu rebanho.
Mas, felizmente captamos muito mais do que a simpatia de um grande líder em seu projeto de convencer um público de que as realizações são mais factíveis do que a angústia.
Eu acredito que muita gente ficou com a percepção de que Vossa Santidade deseja inaugurar uma nova era de conciliação entre as necessidades humanas e o desenvolvimento de povos e nações, numa nova receita de comunhão das práticas políticas e os desígnios da Igreja.
A sutileza com que V.S. discorreu sobre os propósitos do poder público revela a sensibilidade que falta aos grandes líderes. Imagino que em tempos distantes deve ter sido sofrível para um grande pastor vivenciar as agruras da exclusão social, sem poder transmitir de forma tão direta o conforto a uma massa sem esperança, dando lhes o combustível, o ânimo para prosseguir num novo rumo, com a ternura e o vigor para poder construir.
Foi animador vê-lo disparar contra os mercadores da morte e da miséria como que a excomungar os malfeitos do agente público. Com muita propriedade V.S. destacou o papel dos meios de comunicações, no momento em que o quarto poder tem seus vícios também.
Há muito tempo eu não me sentia tão representado em meus mais nobres valores. Não lembro de ter vislumbrado horizonte nos anseios de meus semelhantes.
Tenho certeza de que muita gente, principalmente a elite, vai condenar o teor de sua fala elegante e positiva, achando tudo isso idealista, demagógico aos extremos ou utópico demais para ser realizado.
Para quem achava que a Igreja, mesmo com suas incongruências, não pudesse dar alguma contribuição para a formação de um admirável mundo, Vossa Santidade, romântico nos gestos e firme no discurso, mostrou que basta um instante de lucidez, mesmo no momento de fé.
Ide em paz.
Eu acredito que muita gente ficou com a percepção de que Vossa Santidade deseja inaugurar uma nova era de conciliação entre as necessidades humanas e o desenvolvimento de povos e nações, numa nova receita de comunhão das práticas políticas e os desígnios da Igreja.
A sutileza com que V.S. discorreu sobre os propósitos do poder público revela a sensibilidade que falta aos grandes líderes. Imagino que em tempos distantes deve ter sido sofrível para um grande pastor vivenciar as agruras da exclusão social, sem poder transmitir de forma tão direta o conforto a uma massa sem esperança, dando lhes o combustível, o ânimo para prosseguir num novo rumo, com a ternura e o vigor para poder construir.
Foi animador vê-lo disparar contra os mercadores da morte e da miséria como que a excomungar os malfeitos do agente público. Com muita propriedade V.S. destacou o papel dos meios de comunicações, no momento em que o quarto poder tem seus vícios também.
Há muito tempo eu não me sentia tão representado em meus mais nobres valores. Não lembro de ter vislumbrado horizonte nos anseios de meus semelhantes.
Tenho certeza de que muita gente, principalmente a elite, vai condenar o teor de sua fala elegante e positiva, achando tudo isso idealista, demagógico aos extremos ou utópico demais para ser realizado.
Para quem achava que a Igreja, mesmo com suas incongruências, não pudesse dar alguma contribuição para a formação de um admirável mundo, Vossa Santidade, romântico nos gestos e firme no discurso, mostrou que basta um instante de lucidez, mesmo no momento de fé.
Ide em paz.