Na primeira oportunidade que o poder público teve de trazer à tona, à luz da sociedade todo o organograma do serviço de ônibus na cidade do Rio de Janeiro, a população se frustrou com a derrocada da CPI dos Ônibus na Câmara dos Vereadores, onde os aliados do prefeito referendaram a força política do chefe do executivo municipal para evitar a exposição de informações que só uma Comissão Parlamentar poderia buscar, com vistas ao interesse público.
Com essa recente paralisação de cunho eminentemente político, mais uma vez fica às claras a maneira como o poder público trata a execução dos principais serviços públicos, na qual se inclui os transportes coletivos, já há muito saturado, justamente pela ausência de política pública para o setor, com base no crescimento de uma grande metrópole.
Se as outras correntes políticas não conseguiram tomar partido das últimas manifestações, não seria pela via setorial, se infiltrando em sindicatos que as demais representações fora do jogo político poderiam contribuir para a excelência do serviço de ônibus na cidade do Rio.
Mesmo porque, os outros modais de transportes coletivos, trens, metrô e barcas também pecam pela precariedade, o que implica um amplo debate para traçar diretrizes que abarquem todo o conjunto, com a participação, inclusive, da esfera estadual, considerando a emergência de novos projetos no âmbito da região metropolitana, cujas cidades estão interligadas pelos meios de transportes em questão.
Sem qualquer alusão à eventos esportivos que ponham em ebulição a vida da cidade, tanto o prefeito Eduardo Paes quanto o governador Luiz Fernando Pezão devem esse legado à população como um todo.
Se havia a expectativa de grandes feitos pela total integração entre as duas esferas políticas, a responsabilidade do poder público aumenta, mesmo que não houvesse tantas promessas, apenas pela necessidade de trazer o bem-estar aos cidadãos, como sugere a prerrogativa do cargo que exercem.
A continuar essas incertezas, cabe à população dar uma resposta imediata nas ruas e nas urnas.
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