Continuando a questão da disseminação da história da cultura africana na grade curricular é importante ressaltar que já existe lei específica que determina que esses conhecimentos estejam de fato inseridos nos expedientes de educadores de todo o território nacional, como manda a lei.
Depois de algumas modificações, justamente para se adequar ao atual cenário de transformações, a Lei 11.645/08 estabelece as normas para incluir no currículo oficial da rede de ensino as disciplinas de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
Mas, remontando aos primórdios da educação no Brasil não é difícil constatar o quanto o desenvolvimento do país ficou dependente de mecanismos que pudessem efetivamente nivelar a população brasileira ao mesmo patamar do que já se projetava para o Brasil aos olhos do mundo.
A timidez com que os projetos educacionais foram assentados nas letras da lei ao longo de toda a história da nação já demonstrava que o Brasil viveria o descompasso entre a imagem do país e o nível de seu povo, como ocorre até hoje.
Toda vez que as leis educacionais eram modificadas o objetivo era sempre de atender aos interesses do sistema, de inserção de parte da população aos meios de produção, seguindo a meta de qualificação de uma parcela significativa para esses fins, sem, no entanto, configurar um projeto que abrangesse toda a massa.
Da educação básica ao ensino universitário passou-se muito tempo para que mais pessoas fossem contempladas pelas mudanças e conquistas que foram feitas.
Infelizmente, esse processo foi protelando a formação do cidadão no sentido mais amplo, tanto no acesso ao conhecimento quanto na capacidade de reflexão.
Quando o governo federal começou a facilitar o ingresso das camadas menos favorecidas à universidade, isso permitiu uma aproximação maior às tecnologias e às informações.
Faltava, porém, o subsídio que aumentasse a capacidade de observar as coisas ao seu redor, de poder formar opinião a respeito da realidade que nos cerca.
Por isso, assim como a inserção das disciplinas de ciências políticas, como sociologia e filosofia na grade curricular, essa temática da cultura afro-brasileira no conteúdo programático constitui um grande passo para abrir novas perspectivas, novos conceitos e um novo olhar para o mundo.
Por isso, assim como a inserção das disciplinas de ciências políticas, como sociologia e filosofia na grade curricular, essa temática da cultura afro-brasileira no conteúdo programático constitui um grande passo para abrir novas perspectivas, novos conceitos e um novo olhar para o mundo.
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