Já que é para dedicar um dia especial à consciência negra, usemos esse tempo pelo menos para refletir sobre como se deu esse processo de exclusão ao longo desses séculos no Brasil, onde a miscigenação de elementos culturais seria suficiente para impedir qualquer expediente de separação dos meios e dos atores.
Na verdade, já há esse entendimento de tudo que ocorreu e seus efeitos no seio da sociedade. O que chama atenção são as oportunidades que a sociedade vai perdendo de criar mecanismos que interrompam as práticas comprovadamente danosas à população negra do Brasil.
Hoje, algumas políticas públicas como Bolsa-Família e sistema de cotas, ainda que remexam alguns números dos indicadores sociais, não são suficientes para resgatar uma grande dívida que o poder público tem com a comunidade afrodescendente.
O próprio sistema político ainda paternalista, resquício do Império e da Colonização, é extremamente excludente porque ainda adota prioridades no tratamento dispensado às camadas, estratos e segmento sociais, com prejuízos extremos à população negra, seja nas relações de trabalho, em políticas educacionais, nos códigos de convivência e na interpretação das leis, quando há confronto de classes na esfera jurídica.
Por mais que surjam instrumentos voltados à inclusão e sanções contra quem atente à integridade moral dos negros, no convívio social ainda é possível registrar alguma forma de retaliação a qualquer manifestação que remonte da cultura africana.
Os relatos de repulsa e ofensas às religiões afrodescendentes constituem hoje o que há de mais grave, considerando que através dessa manifestação a cultura negra contribuiu enormemente para a formação da cultura brasileira como um todo.
Hoje, o que mais se conhece sobre a presença dos negros no Brasil são as situações degradantes daquela população, como a escravidão, os conflitos envolvendo os negros e os atuais incidentes de ofensas no nosso cotidiano.
Está mais do que na hora de a sociedade conhecer as outras formas que caracterizam a riqueza de tudo que os negros produziram na sua origem. E a única forma de disseminar esses conhecimentos é através da educação, incluindo na grade curricular, começando, já, na educação básica, a história e a origem de toda a cultura afrodescendente, que se confunde com a própria história da humanidade.
Seria um mecanismo eficaz para erradicar o ódio a quem também é belo e nobre; uma forma de inaugurar a compreensão ao outro; de cultuar as diferenças entre povos e culturas através do amor e da tolerância.
O mundo será outro no dia em que essa lacuna for preenchida.
Hoje, algumas políticas públicas como Bolsa-Família e sistema de cotas, ainda que remexam alguns números dos indicadores sociais, não são suficientes para resgatar uma grande dívida que o poder público tem com a comunidade afrodescendente.
O próprio sistema político ainda paternalista, resquício do Império e da Colonização, é extremamente excludente porque ainda adota prioridades no tratamento dispensado às camadas, estratos e segmento sociais, com prejuízos extremos à população negra, seja nas relações de trabalho, em políticas educacionais, nos códigos de convivência e na interpretação das leis, quando há confronto de classes na esfera jurídica.
Por mais que surjam instrumentos voltados à inclusão e sanções contra quem atente à integridade moral dos negros, no convívio social ainda é possível registrar alguma forma de retaliação a qualquer manifestação que remonte da cultura africana.
Os relatos de repulsa e ofensas às religiões afrodescendentes constituem hoje o que há de mais grave, considerando que através dessa manifestação a cultura negra contribuiu enormemente para a formação da cultura brasileira como um todo.
Hoje, o que mais se conhece sobre a presença dos negros no Brasil são as situações degradantes daquela população, como a escravidão, os conflitos envolvendo os negros e os atuais incidentes de ofensas no nosso cotidiano.
Está mais do que na hora de a sociedade conhecer as outras formas que caracterizam a riqueza de tudo que os negros produziram na sua origem. E a única forma de disseminar esses conhecimentos é através da educação, incluindo na grade curricular, começando, já, na educação básica, a história e a origem de toda a cultura afrodescendente, que se confunde com a própria história da humanidade.
Seria um mecanismo eficaz para erradicar o ódio a quem também é belo e nobre; uma forma de inaugurar a compreensão ao outro; de cultuar as diferenças entre povos e culturas através do amor e da tolerância.
O mundo será outro no dia em que essa lacuna for preenchida.
Excelente artigo, Miguel! Procure informações a respeito da lei 11.645/08, acredito que lhe será interessante! Grande abraço!
ResponderExcluirObrigado, Amanda! Esperamos que a lei seja cumprida, de fato!! Abraço!!!!
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