Eu fiquei ali observando a fronteira entre dois mundos diferentes, mas tudo num espaço só, onde o contraste entre cores e vidas passa despercebido de muita gente nessa correria em que vivemos.
Foi nesse instante em que os passarinhos murmuravam sua sinfonia que eu estiquei os olhos para o outro lado da grade, lá no fundo, onde tudo é barulhento e tão frenético que nem os ponteiros daquele velho relógio dão conta das horas que parecem voar mais rápido que as pessoas.
Enquanto especulava sobre o desafio da convivência pacífica entre o passado e o futuro, a própria paisagem revelava a importância de tudo que encontramos por aqui e a responsabilidade de passarmos adiante o mesmo encantamento aos olhos que ainda vão nascer.
Mas esse deslumbramento mudou de cenário rapidamente quando prossegui o passeio com meu filho, pois, logo lembrei que nosso mundo interior também é assim, com a mesma perspectiva, se confrontarmos com o universo que nos cerca, esse das pessoas ao nosso redor.
Porque está na cara que nós também temos nossa natureza particular com aquele espaço enorme e verdejante. Alguém duvida que também temos atmosfera e oxigênio em nosso íntimo?
Nossas bactérias são como aqueles passarinhos, cotias, marrecos, cisnes, gatos e pavões se movimentando de um lado para o outro numa convivência harmoniosa.
É claro que nem tudo dentro de nós é verdinho assim. Vivemos de tormentas também. Temos nossos próprios tempos nebulosos, porque fazemos tempestade, nem que seja num copo d'água que ninguém é de ferro. Temos vento quando gritamos para o mundo e chuva toda vez que o choro é inevitável e desaba. Basta que as dores e injustiças do mundo alterem o humor e a respiração.
Porque está na cara que nós também temos nossa natureza particular com aquele espaço enorme e verdejante. Alguém duvida que também temos atmosfera e oxigênio em nosso íntimo?
Nossas bactérias são como aqueles passarinhos, cotias, marrecos, cisnes, gatos e pavões se movimentando de um lado para o outro numa convivência harmoniosa.
É claro que nem tudo dentro de nós é verdinho assim. Vivemos de tormentas também. Temos nossos próprios tempos nebulosos, porque fazemos tempestade, nem que seja num copo d'água que ninguém é de ferro. Temos vento quando gritamos para o mundo e chuva toda vez que o choro é inevitável e desaba. Basta que as dores e injustiças do mundo alterem o humor e a respiração.
Se os olhos são o espelho da alma, também são a janela para o mundo. Se hoje eu retribuo ao meu pimpolho a satisfação que minha mãe me proporcionou é porque eu assimilei um pouco do que podemos oferecer.
Se nossos mais nobres valores e sentimentos nos permitem pintar um belo cenário em nossas vidas, que sejamos sempre capazes de torná-las cada vez mais verdejantes.
Se nossos mais nobres valores e sentimentos nos permitem pintar um belo cenário em nossas vidas, que sejamos sempre capazes de torná-las cada vez mais verdejantes.
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