quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

LADRÃO DE OXIGÊNIO

 

   Eu sempre impliquei com gente que tem nariz grande. Na minha época de infância, quando a gente podia zoar à vontade, sem esse mimimi de agora, de as pessoas ficarem magoadinhas, querendo processar geral, naquele tempo era comum falar que os narigudos roubavam o oxigênio ali das redondezas e tal, o cara chegava e todo mundo já pedia o distanciamento do sujeito, imagine o perigo que todos corriam.
   Lembrei disso agora vendo o desempenho do time do Flamengo nesses últimos jogos sob o comando do Rogério Ceni, que, gente, dispensa apresentação pela silhueta fora dos padrões, digamos assim, coisa que eu nem acredito que passe despercebido de tanta gente assim, porque chama a atenção, sim, esse detalhe.
   Tudo bem que o rubro-negro carioca tem um time eletrizante, fora de série, difícil de ser batido, jogando o fino da bola dentro das quatro linhas, e jogando essa bola redondinha nem precisaria de técnico na beira de campo, pois a rapaziada sabe o que fazer com a bola no pé. A torcida até levanta a plaquinha adiantando o desfecho das diabruras dos caras em campo.
   Mas, infelizmente, pelo menos para o Flamengo, tem de ter aquele cara apontando as jogadas e tal, e é justamente isso que pode tá interferindo no desempenho do time ultimamente, pois, seguindo as tendências que já se verificavam nos tempos de pilha da molecada, será que o Ceni tá roubando o oxigênio da galera? Será a presença dele na beira do gramado o motivo desse desempenho bem diferente de quando Jesus respirava o mesmo ar do time, mas sem tirar o gás da equipe? Já não basta o adversário cafungando no cangote dos caras e o treinador ainda contribuindo pra tirar o fôlego da equipe?
   Pode ser cedo pra tirar conclusões sobre o rendimento do time em campo, mas se continuar assim, o Flamengo repetindo essas pantomimas, vai dar pra fazer tranquilamente a ligação entre uma coisa e outra, ou seja, o Rogério Ceni tá roubando o oxigênio da equipe, trazendo prejuízos ao time e comprometendo o futuro do grupo nos jogos restantes .
   Nesses tempos de distanciamento, isso serve de alerta para quem convive com alguém de venta grande ou pode eventualmente se deparar com algum deles pelas ruas, no trabalho, enfim, quem tá ralando em casa (home office é o caramba!) tá de boa, mas quem tá na pista o cuidado é redobrado.
 De qualquer forma, fiquemos atentos a essa gente que pode tá diminuindo seu oxigênio de forma compulsória em detrimento de uma massa muito maior que um grupo de onze pessoas reunidas jogando uma pelada. Já bastam as queimadas que diminuem a absorção de oxigênio em nível nacional.
   Não é só pelo Flamengo, mas pelo Brasil como um todo, pelo mundo até, se a gente dimensionar essa iminência de tragédia ao nosso redor de forma globalizada, Deus nos livre disso. Agora, se não for o Rogério Ceni, pode ser outro, afinal de contas, é uma turma bem grande e dispersa, toda hora se vê um por ai, na rua, no metrô,  na televisão...ops! Na televisão...gente, lembrei agora do Luciano Huck, tão ventilando a ideia de o cara ser presidente, o perigo é maior do que se imagina. Vai vendo.
  

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