Às vezes é bom relembrar aquelas teimosias do passado, quando mamãe ficava o tempo todo me mandando fazer uma coisa que eu teria de fazer para a vida inteira. E ela reiterava justamente essa questão da responsabilidade, o compromisso com nossa própria agenda.
Com o tempo parece que mamãe já tinha até uma fala pronta, um modelo padrão de como recomendar as coisas num tom normal ou exigir e até impor mesmo com toda a autoridade que o momento às vezes exigia, devido o grau de teimosia muito além dos níveis toleráveis ali naquele momento. Para ela, não rolava ficar toda hora lembrando de coisas que teríamos de fazer para toda vida.
É claro que hoje a gente sempre teima com alguma coisa ainda, até porque a gente acaba aprendendo a ser ranzinza também de vez em quando, ninguém está livre disso, mas no geral, em condições normais de temperatura e pressão há sempre um grande projeto de vida, um sonho a ser realizado, uma tarefa para cumprir, enfim, não se para de insistir em algo importante. A gente costuma chamar isso de perseverança. Para uns, é só se concentrar que dá certo; para outros, organização e planejamento, enquanto que para outra parte aquela velha fé de sempre pra tudo sair do jeito que imaginamos e desejamos.
E assim a gente foi crescendo e se ligando nos papéis, nas funções que a vida vai nos impondo num curso normal e de acordo com aquilo que cada um se propôs a fazer pra sempre ou num prazo preestabelecido, numa missão qualquer, sem precisar mandar, obviamente, porque já tá todo crescido e formado.
Esta semana o Supremo Tribunal Federal, mais precisamente o ministro Ricardo Lewandowski, determinou que o ministro da Saúde especifique dentro do Plano de Imunização apresentado à corte o calendário de vacinação, o início e o fim dos expedientes da imunização em massa. Isso depois de um ano conturbado com todos aqueles números da pandemia aumentando e assustando os brasileiros do Oiapoque ao Chuí. A tal curva crescendo cada vez mais e o presidente tentando remexer nos quadros da Polícia Federal, passando a mão na cabeça do filhinho corrupto, trocando de ministro da Saúde sem parar e aquele blábláblá cotidiano em seu cercadinho.
Em meio às falas dos especialistas alertando sobre os perigos das aglomerações e a necessidade do confinamento eles também lembravam que o país já tem um programa de vacinação já implantado, todo mundo lembra das campanhas contra outras doenças. Bastava ao governo encaixar um plano para a Covid-19 nesse Programa e pronto.
Pois bem, em vez disso, o presidente Jair Bolsonaro resolveu politizar a questão da vacina, fazendo birra e minimizando a doença e seus efeitos, além de abrir guerra contra governadores que não fecham com ele na mesma questão, tudo dentro de um cenário de total desprezo pelas ciências, como ficou provado também nos eventos de queimadas na Amazônia e no Pantanal, em que ficava todo mundo chamando a atenção dessa gente malcriada.
Tudo bem que a pandemia pegou todo mundo desprevenido, mas o Brasil tem órgãos de pesquisas e especialistas de sobra com talento e conhecimento reconhecidos para lidar com situação de emergência, não precisava a sociedade passar por esse desconforto, quando na verdade era para estar tudo resolvido, só esperando a vacina chegar, embora eu ache até que com toda essa estrutura o Brasil já deveria estar fabricando nossa própria vacina, sem parceria alguma, com total independência. As seringas, então, qualquer fábrica de brinquedo dessas por ai faria, sem precisar encomendar lá de fora. Mas isso é uma outra história de teimosia em que o Brasil ainda fica muito subserviente. Já que é pra bater o pé e fazer pirraça, que seja em prol de nossa própria soberania.
De qualquer forma ficamos aqui na expectativa de uma imunização em massa, com todos os critérios de prioridades, não de privilégios, por favor, porque aí, de repente, o STF não vai poder interferir. Imagine o Lewandowski tendo que mandar toda hora. Tudo eu tenho que mandar, já explanava mamãe. Mas, calma que o ministro do Supremo com o chinelo na mão na porta do Alvorada já é demais, era só o que faltava.
Com o tempo parece que mamãe já tinha até uma fala pronta, um modelo padrão de como recomendar as coisas num tom normal ou exigir e até impor mesmo com toda a autoridade que o momento às vezes exigia, devido o grau de teimosia muito além dos níveis toleráveis ali naquele momento. Para ela, não rolava ficar toda hora lembrando de coisas que teríamos de fazer para toda vida.
É claro que hoje a gente sempre teima com alguma coisa ainda, até porque a gente acaba aprendendo a ser ranzinza também de vez em quando, ninguém está livre disso, mas no geral, em condições normais de temperatura e pressão há sempre um grande projeto de vida, um sonho a ser realizado, uma tarefa para cumprir, enfim, não se para de insistir em algo importante. A gente costuma chamar isso de perseverança. Para uns, é só se concentrar que dá certo; para outros, organização e planejamento, enquanto que para outra parte aquela velha fé de sempre pra tudo sair do jeito que imaginamos e desejamos.
E assim a gente foi crescendo e se ligando nos papéis, nas funções que a vida vai nos impondo num curso normal e de acordo com aquilo que cada um se propôs a fazer pra sempre ou num prazo preestabelecido, numa missão qualquer, sem precisar mandar, obviamente, porque já tá todo crescido e formado.
Esta semana o Supremo Tribunal Federal, mais precisamente o ministro Ricardo Lewandowski, determinou que o ministro da Saúde especifique dentro do Plano de Imunização apresentado à corte o calendário de vacinação, o início e o fim dos expedientes da imunização em massa. Isso depois de um ano conturbado com todos aqueles números da pandemia aumentando e assustando os brasileiros do Oiapoque ao Chuí. A tal curva crescendo cada vez mais e o presidente tentando remexer nos quadros da Polícia Federal, passando a mão na cabeça do filhinho corrupto, trocando de ministro da Saúde sem parar e aquele blábláblá cotidiano em seu cercadinho.
Em meio às falas dos especialistas alertando sobre os perigos das aglomerações e a necessidade do confinamento eles também lembravam que o país já tem um programa de vacinação já implantado, todo mundo lembra das campanhas contra outras doenças. Bastava ao governo encaixar um plano para a Covid-19 nesse Programa e pronto.
Pois bem, em vez disso, o presidente Jair Bolsonaro resolveu politizar a questão da vacina, fazendo birra e minimizando a doença e seus efeitos, além de abrir guerra contra governadores que não fecham com ele na mesma questão, tudo dentro de um cenário de total desprezo pelas ciências, como ficou provado também nos eventos de queimadas na Amazônia e no Pantanal, em que ficava todo mundo chamando a atenção dessa gente malcriada.
Tudo bem que a pandemia pegou todo mundo desprevenido, mas o Brasil tem órgãos de pesquisas e especialistas de sobra com talento e conhecimento reconhecidos para lidar com situação de emergência, não precisava a sociedade passar por esse desconforto, quando na verdade era para estar tudo resolvido, só esperando a vacina chegar, embora eu ache até que com toda essa estrutura o Brasil já deveria estar fabricando nossa própria vacina, sem parceria alguma, com total independência. As seringas, então, qualquer fábrica de brinquedo dessas por ai faria, sem precisar encomendar lá de fora. Mas isso é uma outra história de teimosia em que o Brasil ainda fica muito subserviente. Já que é pra bater o pé e fazer pirraça, que seja em prol de nossa própria soberania.
De qualquer forma ficamos aqui na expectativa de uma imunização em massa, com todos os critérios de prioridades, não de privilégios, por favor, porque aí, de repente, o STF não vai poder interferir. Imagine o Lewandowski tendo que mandar toda hora. Tudo eu tenho que mandar, já explanava mamãe. Mas, calma que o ministro do Supremo com o chinelo na mão na porta do Alvorada já é demais, era só o que faltava.
Nenhum comentário:
Postar um comentário