Definitivamente estamos vivendo um tempo sinistro. Eu sei que numa hora dessa a gente tem de manter o otimismo e acreditar no melhor desfecho para tudo isso.
Antes que alguém ou eu mesmo me ache um pessimista contumaz, devo dizer que essa explanação dos eventos ruins que nos cercam é um momento de consciência pura, em que nada passa despercebido, apenas isso. O que não pode é ficar capitalizando essas coisas.
E tudo passando tão rápido que eu nem lembro do tempo em que eventos de grande magnitude tenham se acumulado assim tão assustadoramente, e o que é pior, tudo simultaneamente. Parece que tá se alastrando esse negócio, sem a expectativa de fim.
Veio a Covid-19 que devastou vidas no planeta, pânico geral em larga escala. Por um momento deu pra imaginar o mundo se dissolvendo e aquele calor humano que marca a nossa espécie se distanciando um do outro por tempo indeterminado. O único lampejo de esperança e luz foi ver as pessoas aplaudindo a vida que escapava da morte. Foi bacana ver o cara voltando do inferno, tirando onda, sorrindo novamente e recomeçando a vida.
Agora deu uma aliviada, tá todo mundo tomando providências, ainda com muita cautela, enfim, o mundo voltando a sentir cheiro de oxigênio novamente. Aqui no Brasil tivemos as tragédias causadas pelas chuvas e a solidariedade mais uma vez diminuindo o impacto das perdas. Um monte de gente massageando o ego alheio como sinal de esperança para o mundo.
Mas...e as guerras, gente? Não tem ninguém no mundo que não tenha convivido com um arranca-rabo entre povos e nações. São pessoas que se desprendem de suas famílias; outras que mudam de pátria, perdem suas referências de passado e futuro.
A Ucrânia está em evidência por causa do envolvimento geral, mas tem gente agonizando em outras praças. No Afeganistão, há um contingente bem maior de cidadãos fugindo do regime local. Na África, então, nem se fala. A metade do continente em ebulição permanente. Em todas essas regiões a miséria como pano de fundo, a degradação humana em seu mais alto grau.
Não dá nem pra imaginar quando isso vai acabar. Tem sempre alguém botando lenha na fogueira. Eu vejo esses acordos de paz como uma agenda completamente inútil. É cada um puxando brasa para sua sardinha, dando a entender que na história das guerras não tem um santo jogando pedra no outro.
A única coisa que a gente espera é que haja uma compensação para todo esse cenário de escombros. Uma mudança de rumo qualquer. Uma chance de vida a todos que estão fulminando e uma outra avaliação sobre essa tal nova ordem.
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ResponderExcluirVocê está certíssimo, Miguel, abordou muito bem! E sabe o que mais me entristece nisso tudo? As crianças, me dói saber que elas sofrem!
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