É compreensível que a imprensa use de formalidade para se referir às pessoas pela função que elas ocupam na sociedade, porque todo mundo tem uma ocupação na vida. Todo mundo tem uma missão para cumprir aqui nesse plano. Um desafio que vem junto com o destino de cada um.
No caso desse sujeito que se aproveitou da anestesia da paciente para molestá-la, não me parece adequado destacar nas falas da mídia, no falatório das esquinas e nas redes sociais essa segunda função, a de médico, que o infeliz usava para mascarar sua outra profissão, a de marginal.
Na verdade, ele nem cabe no ofício de médico, que é bem próprio de quem restaura a vida das pessoas, resgatando junto com a saúde a dignidade de quem por um momento está por um fio da desgraça, de uma moléstia. O anestesista mesmo é aquele sujeito indicado, habilitado, estudado para amenizar uma dor passageira, tipo aquela que um paciente sente quando precisa ir ao inferno e voltar.
No entanto, não parece que esse infeliz estivesse empenhado nessa tarefa, muito pelo contrário, era um monstro, ali, um crápula em ação, um marginal de plantão. Só um bandido mesmo poderia se valer da fragilidade alheia para operar o seu verdadeiro ofício, o de marginal.
A justiça, tão cheia de melindres, disparando sempre o princípio da misericórdia, a presunção da inocência, do coitadinho, do réu primário, da carteirinha de maluco, essas coisas que também dão sobrevida aos marginais, essa mesma justiça também pode dar vez a gravidade do problema diante de uma nova tendência que se verifica, a petulância do marginal, agora em larga escala.
É inadmissível que o corporativismo da classe médica tolere e revalide as credenciais desse marginal em seus quadros. É preocupante que ainda se encontre brechas na lei para que esse marginal se livre do cancelamento total ou do que pode ser o mais rigoroso, se é que é possível, como uma resposta rápida à sociedade, porque, o que não faltam são marginais, estupradores com uniforme de todos os tipos batendo ponto por aí.
Com a divulgação daquelas imagens, a gente logo imagina quantas mulheres foram e são abusadas, agredidas, humilhadas, esculachadas e ninguém descobriu, ninguém ficou sabendo, quando não havia nem tecnologia nem tantas vozes se levantando para denunciar essa corja que se infiltra no meio social com diploma de marginal.
É inadmissível essa situação!!!Cada vez mas tenho vergonha de nosso país.
ResponderExcluirE quanto mais denunciamos os abusos, mais eles aumentam, me parece um deboche. Nojentos!
ResponderExcluirVerdade Miguel!!!
ResponderExcluirMuito boa tua colocação. Esse pilantra é um bandido e pronto. O diploma é somente um disfarce.
Bom dia amigo! Todos os dias somos informados de crimes hediondos! Mas como vc disse, o tratamento dado para quem tem diploma acadêmico e outros títulos é diferenciado pela Mídia a serviço da classe dominante. Se ele fosse negro, pobre e favelado seria humilhado e tratado como um ser desumano e cruel. Nós sabemos também que toda ação gera uma reação, o médico irá sofrer as consequências do seu ato criminoso.
ResponderExcluirEnquanto tivermos os maus exemplos deste nosso desgoverno brasileiro não iremos a lugar algum.....doloroso!
ResponderExcluirE o pior é que isso acontecia em um hospital criado para dar conforto e dignidade para as mulheres.
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