quinta-feira, 9 de maio de 2024

E DEPOIS DA TRAGÉDIA?



  Em meio a todo o desenrolar da tragédia a imprensa sempre dispensa um tempo para explicar a causa do problema, ou pelo menos parte do processo que culminou no desastre que todo o Brasil vem acompanhando.
    Na verdade, é a parte mais importante sob o ponto de vista técnico, já que mostra para todos saberem como se dá esse fenômeno e seus efeitos na vida das pessoas com a paralisação das cidades envolvidas.
   Aquela chamada curta que o âncora ou o setorista faz levando ao ar a fala de um especialista que explica minuciosamente lá na origem do problema, o detalhe geológico, geográfico, e o porquê de tudo isso acontecer naquela região e tal.
    No caso específico do Rio Grande do Sul, parece que naquela região a água demora a escoar por ser muito plana, com pouca declividade, enfim, um problema que é pertinente à geografia local.
    Em outras localidades onde costumam ocorrer os mesmos eventos a questão tem fatores diferentes, porque a composição geográfica e o relevo são diferentes e, claro, o processo se dá de outra forma, ou seja, em cada região afetada por grandes volumes de chuvas o conjunto de elementos naturais do local é que define a estabilidade, o fluxo, o tempo e a constância dos eventos.
    Já foi falado, todos esses eventos têm solução, desde que seus projetos sejam concebidos através de dados e informações que a própria geografia local oferece para confecção dos trabalhos. São casos específicos de cada região.
    Sendo assim, parte das próprias prefeituras a implementação dos projetos que visem resolver o problema de sua cidade. O governo do estado também tem sua cota de responsabilidade por ser gestora de uma área que congrega outras localidades também sobrecarregada, porque dependendo de uma região de alta complexidade em seu relevo, dificilmente o acidente fica concentrado ali na sua origem.
   Mas, de qualquer forma, ainda dentro de um mesmo conjunto de relevo que permite fazer um estudo pertinente àquela região. Estudos estes que técnicos e especialistas da região, oriundos dos órgão de pesquisas certamente já apresentaram ao governo local para tirar do papel o que já poderiam ter amenizado os efeitos de muitas tragédias dessa natureza pelo Brasil afora.
   Além dessa agora, no Rio Grande do Sul, a gente já teve tragédia na Bahia, Minas Gerais, na região nordeste, aqui no Rio de Janeiro, nas comunidades e região serrana, todas dentro de um calendário específico e níveis de manifestação inerentes a cada localidade por causa da geografia também diversa.
   A Rio+20, conferência realizada aqui no Rio de Janeiro, em 2012, teve uma agenda só de prefeitos para justamente tratar dessa questão de forma racional, dentro das necessidades e especificidades de cada região.
    Enfim, o que será feito após a tragédia?


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