A sociedade já compreendeu perfeitamente que esse grande desafio de estirpar a corrupção do seu meio social e político é mais árdua do que se imagina, pela dimensão que ela tomou, e mais complexa do que se permite, pelo entrelaçamento de forças envolvidas na costura desse sistema.
A presidente Dilma Rousseff quando fez aquela faxina nos ministérios dos Transportes, do Turismo e da Agricultura ressaltou que a prioridade do seu governo é a diminuição da miséria no país, expediente que mais diz respeito às atribuições do Executivo, enquanto que o combate à corrupção depende exclusivamente de um amplo debate, com a participação da sociedade civil e, principalmente dos outros poderes constituídos.
A Ordem dos Advogados do Brasil já se juntou ao Tribunal Superior Eleitoral para que este interceda junto ao Judiciário para apressar a Lei da Ficha Limpa, visando as próximas eleições, em 2012, entendendo a OAB que a sociedade pode dar a resposta nos pleitos que virão, ainda mais agora que o Congresso resolveu dar marcha à ré, absolvendo de cassação a deputada federal Jaqueline Roriz, cujo precedente poria em risco a vida política de muitas excelências, já no ano que vem, caso a lei em questão já valha para a próxima disputa.
Longe de ensaiar qualquer reforma que promova as mudanças que todos esperam o Congresso Nacional e Poder Executivo devem continuar por muito tempo ainda presos ao fisiologismo, como nó de marinheiro, que ninguém desata. E essa pizza que saiu fresquinha, agora, revela o quanto isso pode durar.
Nesse sentido, acredito que os movimentos que já espocam por aí vão, daqui para frente, mirar no poder de fogo do eleitor. Como a própria Lei de Ficha Limpa está em discussão quanto à sua constitucionalidade, pode ser que a decisão do Supremo Tribunal Federal, onde a questão se arrasta, venha também recheada de orégano, muzzarela, quatro queijos...
Fiquemos atentos.
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