Como é dura a vida nessa selva de pedra! Dificilmente o cotidiano do Rio de Janeiro corre no seu curso normal, sem atropelos.
Parece que o infortúnio na vida do carioca já faz parte até do calendário da cidade. A cada dia um evento novo, diferente.
Não demora muito vão começar a confeccionar aquelas folhinhas de fim de ano, já com os percalços marcados em vermelho, junto com os feriados e as fases da lua para o próximo ano.
Enchentes, alagamentos, engarrafamentos constantes, trens lotados, assaltos, tudo contribui enormemente para a efervescência do Rio de Janeiro em toda sua plenitude.
Os dissabores pelos quais passam habitantes e forasteiros se confundem com a perspectiva de se vislumbrar novos contornos para a cidade maravilhosa, em cujas obras e projetos espalhados por todos os cantos a população espera brotar uma nova urbe.
A arquitetura dos sonhos não é a que remexe a paisagem e o relevo. É a que funciona no dia a dia da população.
A Cedae, que nunca foi um primor na prestação de serviços, se tornou, nesses últimos tempos, a grande vilã no Rio de Janeiro, pelos recorrentes registros de contratempos para os moradores.
A cidade fica praticamente paralisada, toda vez que há alguma mudança, intervenção urbana ou serviço de reparo de toda ordem.
A essa altura do campeonato, é difícil saber qual o maior absurdo nessa história toda: a falta de perspectiva quanto ao restabelecimento do fornecimento de água ou pagar R$ 4 mil por um caminhão-pipa?
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