Que a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora na cidade do Rio de Janeiro não é o modelo eficiente de segurança pública todo mundo já sabe.
Pelos constantes conflitos em áreas ocupadas por forças policiais, a população da cidade já tem uma ideia de tudo que precisa ser feito para trazer a segurança que todos precisam há muito tempo.
Quando as primeiras incursões foram feitas nas comunidades carentes de outros serviços, as prisões efetuadas nas operações não representaram efetivamente o fim do domínio das facções que por muito tempo consolidaram seu poder nestas áreas agora com presença relativa do estado com seus organismos de segurança.
Antes que se discuta que a constância do braço armado do estado não é suficiente para garantir a paz nas favelas, é bom lembrar que os indicadores da violência fora desses territórios, ou seja, no asfalto, também não são animadores. Nesse sentido, o governo do estado não pode passar para a população a ideia de que o projeto das UPPs seja suficiente para acalmar a massa e diminuir os números de outras modalidades de crime que afrontam a integridade física e moral da sociedade como um todo.
Dentro desse novo efetivo que opera nas comunidades, já há mostras de que esse modelo peca pela filosofia que a Polícia Militar adota para conduzir as ações que dependem dos aspectos de cada região, mas que demonstram a timidez e a fragilidade do Alto Comando da corporação para substanciar o discurso do governador e do secretário de segurança.
Quando os protestos na cidade questionavam o desaparecimento do Amarildo na Rocinha, tanto a Polícia Militar quanto José Mariano Beltrame e o próprio Sérgio Cabral ficaram devendo à opinião pública a solução desse caso, que até hoje é um mistério.
Agora vemos o fatídico episódio envolvendo o policial Leidson Acácio Alves, um simples aspirante a oficial exercendo o cargo de subcomandante de uma unidade, que pela complexidade da área nela estabelecida, dependeria exclusivamente de alguém mais capacitado, com mais tarimba, para desempenhar uma função de alta responsabilidade e capacidade, em meio aos discursos vazios de Sérgio Cabral e a aflição de quem vive completamente desprotegido nas comunidades, sejam os moradores ou o próprio aparato policial.
Não há dúvidas de que faltam nessas localidades a atuação maciça de outras esferas governamentais com políticas públicas de grande porte. Da prefeitura com ações que supram outras carências de ordem social, e do governo federal com projetos que sirvam de modelo para todo o país.
Porque do jeito que está, fica parecendo mera propaganda eleitoral, enquanto o morro vai sangrando e o poder público definhando de vez.
Upp e so modelo. .falou tudo meu amor
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