Assim como nos primeiros resultados da fase inicial da Copa, as partidas das oitavas de final também revelaram disputas eletrizantes, fazendo desse Mundial o melhor de todos nesse aspecto.
Embora muito cedo para avaliar os desdobramentos ao longo dessa reta final que se aproxima, os posicionamentos das seleções já dão a dimensão do que pode ocorrer até a grande final, principalmente com relação às equipes de quem menos se esperava, e que acabaram batendo um bolão, mesmo em confrontos com seleções tradicionais, de títulos no currículo.
Costa Rica, Colômbia e Bélgica, por exemplo, com menos frequência em Copas, já se igualam a seus rivais nas quartas de final, pelo desempenho demonstrado ao prosseguir na disputa. Se vão sobreviver por mais tempo vai depender de como se comportarão nesse mata-mata, se vão conseguir essa mesma postura em confrontos mais acirrados.
De qualquer forma, são novidades que surpreendem mais do que o tropeço de seleções mais tarimbadas que sempre definham precocemente em todas as edições.
Mas nessa Copa no Brasil, especificamente, não parece que a revelação de seleções do segundo escalão seja algo passageiro, momentâneo, ou como se costuma dizer, fogo de palha.
Na partida em que a Costa Rica venceu a Itália, ainda na fase de grupo, ficou evidente que com disciplina tática, preparo físico e postura ofensiva é possível se igualar a uma forte seleção, desde que se consiga manter o foco durante os 90 minutos mais prorrogação, como aconteceu agora nas oitavas de final com essas seleções que ainda resistem.
Como já ocorre com os maiores times do mundo, que despontam justamente pela mentalidade inovadora de um clube campeão, algumas federações, tanto as emergentes quanto as mais consagradas já vêm há algum tempo fundando uma nova filosofia para o futebol.
Não deixa de ser animador que as seleções que já têm conquistas importantes promovam essas mudanças para se manterem no topo. Mas é também gratificante e saudável para o futebol que esses ventos soprem em outras praças.
Se isso não refizer uma nova ordem no futebol de imediato, já na Copa no Brasil, pelo menso nessa edição já há indícios de que em pouco tempo poderemos vislumbrar outra configuração no posicionamento das melhores seleções do mundo.
A FIFA, sempre irredutível em seu conservadorismo, também já sinaliza com transformações para o velho esporte bretão ao adotar recursos tecnológicos, embora isso não seja suficiente para inovar sua velha política. Mas isso é uma outra história.
Mas, com relação ao que se pratica dentro das quatro linhas, quem acompanhar essa nova tendência, não só do advento de tecnologia, mas também da excelência de outros fatores, poderá num breve espaço de tempo ocupar melhores posições no ranking e, consequentemente, remexer a elite do futebol
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