A maioria das discussões, brigas, fim de amizades, xingamentos, stress e demais contratempos em torno da pandemia surgiram, quer dizer...ainda surgem do material divulgado pela imprensa como um todo.
Mas nas redes sociais, onde rola a maior parte de toda essa contenda o assunto ganha outra dimensão, no momento em que se desvia do campo onde poderia ser mais saudável discutir qualquer coisa.
É compreensível que a ciência também divida opinião, assim como é natural que haja interesse em torno dela, pois a ciência sempre foi um grande filão, mesmo no tempo em que ela demorava pra encontrar grandes soluções e resultados práticos. Não poderia ser mesmo diferente agora que ela também usa tecnologia de ponta para acelerar sua linha de produção. Ou alguém achava que as vacinas que estão saindo do forno agora durariam mais ou menos 40 anos para ficarem prontas?
Melhor ainda que se reforce o entendimento de que a ciência também é patrocinada, estimulada e induzida, tanto a atender demanda como a interesse de quem colabora com ela. É a parte em que a ciência está ligada à indústria farmacêutica, por exemplo.
Eu fico observando essas pessoas questionando os interesses dos fabricantes de vacinas em paralelo às campanhas de vacinação como se isso fosse diferente da velha tese de que a ciência cria uma ideia e uma grande corporação compra pra revender. A grande descoberta de Alexander Fleming, em 1928, ilustra bem essa relação. Vender antibiótico deixou os caras podres de ricos até hoje, assim como esse monte de imunizantes comercializado em larga desde o século passado.
No caso da Covid-19, a mesma coisa, o mesmo processo, independente dessa especulação sobre a origem da bactéria, a culpa imputada ao chinês, a forma com o vírus se espalhou, enfim, tem uma doença afligindo o mundo e o remédio é a vacina, não tem jeito.
Então, é besteira falar de ganância ou outras coisas do gênero com relação às farmacêuticas. Não é o lucro o princípio básico do capitalismo? Pois é, eu nunca ouvir falar que a indústria farmacêutica trabalhasse em regime de filantropia desde a sua origem.
Poderia ser uma fármaco brasileira que estivesse por aí vendendo imunizante pra geral. Imagine o quão importante seria para a nossa autoestima, nossa soberania e, principalmente, para a nossa economia tirar essa onda em nível global.
Ainda que não tenhamos uma empresa brasileira inserida nesse globalismo da qual a ciência faz parte, o mais importante e urgente agora é imunizar as pessoas, seja qual for o rótulo e a embalagem da vacina.
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