terça-feira, 20 de setembro de 2022

POR UM ESTADO MAIS FUNCIONAL

    


  Há aspectos importantes para se destacar a respeito da campanha para o governo do estado do Rio de Janeiro. A gente sempre imagina que o governador conhece as necessidades de cada região do estado, mais precisamente de cada cidade. Ao todo são 92 cidades.
      Se por acaso passa despercebido do governador uma determinada localidade, o mandatário tem sempre seu secretariado que municia o chefe com informações e dados para eventuais projetos a serem implementados.
   No caso da região metropolitana, há uma complexidade maior pelo conjunto de fatores que compõem essa área enorme em torno da capital do estado.
      Sem tirar a importância das outras regiões do estado, cada uma com suas características e peculiaridades, a região metropolitana do Rio de Janeiro, que reúne a capital, a Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo é a parte do estado do Rio que mais tem demandas serem atendidas pelo poder público.
    Por concentrar o maior contingente populacional de todo o estado, a região metropolitana é a área que movimenta a maior parte da economia do estado e também onde os principais serviços prestados à população estão aquém da realidade de uma metrópole desse porte.
     Se houve num tempo passado algum estudo que pudesse adequar as ações do estado às necessidades da massa dessa grande região os números já estão completamente defasados.
    No dia a dia é possível ver a discrepância do que a população precisa para viabilizar sua vida e o conjunto do que tem sido oferecido pela administração pública. Eu destaco três áreas em que há assimetria de toda ordem na atual realidade do estado do Rio: transporte, segurança e saúde.
     Todos os sistemas de transporte público que fazem a ligação intermunicipal não suportam a carga diária de deslocamento das pessoas. Não há conexão entre os modais, todo dia tem uma pane, uma interrupção. Um sofrimento do tamanho do caos e pouco atenção para a mobilidade urbana.
    A segurança é outro setor que opera de forma precária, apesar de um esforço relativo, mas tímido que o governo do estado faz. Algumas localidades têm mais atenção que outras, ou seja, uma parte da população é mais privilegiada, outras, mais desguarnecidas, desprotegidas. Não existe uma política de segurança que abranja todo o estado.
    A rede de saúde é mais uma que traz agonia e apreensão para a população fluminense. A Baixada Fluminense é precária em unidade hospitalar. Muitas pessoas vêm buscar atendimento no Rio, onde já está saturada a rede, por falta de planejamento, investimento e vontade política. Enfim, não há saúde decente para todos.
     Considerando a conexão entre as diversas localidades do estado do Rio de Janeiro, em função da própria funcionalidade da região, o governo estadual precisa trabalhar em conjunto com as prefeituras locais nessas demandas que envolvam toda a região.
    Isso é uma obrigação, uma responsabilidade que deve estar acima de qualquer questão política ou ideológica que costumam cercar as relações entre as esferas de governo.
     O desenvolvimento de todo o estado e o bem-estar da população dependem dessa visão de quem se propor a governar o Rio de Janeiro daqui para frente.

2 comentários:

  1. E um desafio monstruoso em face da deterioração das politicas economica, social que foram abandonadas pelos últimos governos e sempre se mostraram aquém das necessidades da população e pela promiscuidade dos parlamentos.em todas as esferas

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