O povo brasileiro vai sempre comemorar a independência do Brasil por uma questão de honra e soberania. Qualquer nação que como o Brasil tenha passado pelo jugo das Grandes Navegações até ficar livre das amarras do colonizador e atingir a maioridade com hino, bandeira e moeda próprios vai ter motivos para festejar com o peito estufado de tanto orgulho por termos nossa própria vida e realidade.
Agora, é bom deixar claro que essa independência que a gente conquistou apenas colocou o Brasil no cenário geopolítico. Somos uma nação que tem o seu espaço no mapa do mundo com fronteiras respeitadas e reconhecidas por todos os países, olha que bacana!
Se hoje o Brasil desfruta desse prestígio de sermos bem relacionados no mundo, é gratificante para qualquer brasileiro saber desse status de uma grande nação. Que bom que a gente preenche todos os requisitos para que geral venha pra cá vender mercadorias, investir capital, curtir nossas praias e nossas festas de arromba!
Na sequência da mais importante conquista do Brasil, criamos condições para as organizações políticas, econômicas, sociais e culturais aos moldes do que a sociedade brasileira precisava para prosseguir construindo sua história, sem que ninguém de fora pudesse ou quisesse interferir nesse processo. Ou seja, a gente aprendeu a andar com nossas próprias pernas.
Bom...aqui dentro de nosso quintal, nesse cenário e realidade que só nós conhecemos a história é outra. É claro que em toda essa obra de construção do país foi preciso criar leis, regulamentos que nos permitissem viver em ordem, porque, senão já viu, né. Se mesmo com regras o brasileiro já mata, rouba, estupra, suja praia e derruba árvore, imagine se a gente não tivesse uma constituição pra chamar de nossa!
Pois é, o Brasil cresceu tanto que nossas próprias leis não acompanharam a tendência de crescimento do país. Criamos instituições de toda ordem para gerir nosso patrimônio que compreende tanto o resultado de nosso trabalho quanto dos nossos recursos naturais.
Mas pela dinâmica com que o Brasil vem evoluindo ao longo desses 200 anos, teríamos de renovar a todo instante os códigos que dizem respeito às riquezas, às formas de vida, aspectos culturais, meio-ambiente, inovações tecnológicas e desvios de conduta no plano individual e coletivo.
Há transformações constantes em todos os campos de atuação de nossa gente, e todas leis vigentes não acompanham essas mudanças. Há sempre uma lacuna a ser preenchida; há sempre um vácuo entre a realidade e a desordem; há uma discrepância enorme entre o tempo das leis e o tempo do cidadão.
As tais reformas que a gente está sempre ensaiando executar implicam justamente diminuir esse espaço que é quase um abismo, quase um precipício.
De qualquer forma, comemoremos, sim, a nossa independência. Ela foi um sopro para o nosso projeto de nação soberana. E pode também ser um estímulo ao nosso desejo de sociedade moderna.
Um grito a mais para a evolução do Brasil.
Grito este que estão querendo abafar. Parabéns!!
ResponderExcluirMuito bom, Miguel.
ResponderExcluirParabéns!
Paulo Paduano
Triste esse Brasil viu isso sim...violência,fome , corrupção, pobreza,sem saúde,sem escolas e habitações,um horror!!!
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