sexta-feira, 21 de abril de 2023

RECOLHENDO O EDREDOM

   

   Parece que finalmente começou a cair a audiência do Big Brother Brasil, segundo comentários em canais especializados no assunto. Eu digo finalmente porque já se esperava essa mudança. Eu mesmo nunca vi serventia alguma em ver aquela gente mostrando as vísceras pra ganhar um milhão e meio de reais.
    Mas tudo bem. De qualquer forma, não há pesquisa alguma medindo a popularidade do mais famoso reality show da paróquia. Hoje não é mais necessário sair batendo de porta em porta pra avaliar os níveis de aceitação e rejeição da peça.
   Há mais de vinte anos quando o formato estreou na tv essa era a maneira mais eficiente de ver se uma determinada programação era bem vinda pelo público, inclusive o Big Brother. Com o advento das redes sociais ficou mais fácil apurar e tirar alguma conclusão sobre como se comporta uma turma confinada para ganhar dinheiro e ficar famoso, tudo junto e misturado.
    E é justamente esse novo ambiente, essa nova ferramenta que tratou de desviar os holofotes do Big Brother Brasil para escanteio.
   Se antes era bom negócio para a mídia, para especialistas e anunciantes tirar proveito do reality com novidades diárias, barracos, desavenças e encrencas bombando a todo instante, o que de repente permitia altas teses, estudos e considerações sobre os dramas da humanidade, muitos antropólogos, sociólogos e uma outra gama de gente vidrada em bisbilhotar a vida dos outros aproveitaram pra tirar conclusões e de repente até trazer mais respostas sobre de onde viemos, como estamos e para onde vamos, essas dúvidas que atormentam muita gente até hoje.
  Veja como um programa que pra mim não tem utilidade alguma, mas para muitos estudiosos é um amplo e rico campo de estudo, quem diria.
   Só que hoje a vida das pessoas nas redes sociais, esse entrelaçamento de confusões e problemas, as diferenças, todas essas tretas que a gente vê diariamente quando liga a celular já de manhã cedo, tudo isso já virou um grande filão para os tais especialistas.
   Então, o que já era inútil para pessoas como eu que não tem interesse algum em se debruçar sobre a vida alheia num reality show, imagine agora para os experts no assunto que têm disponível um universo muito maior, com mais elementos, mais dados, enfim, um ambiente muito maior, onde as pessoas vivem uma vida muito mais atribulada arrumando confusão, causando discórdia, brincando de influenciar as pessoas, faturando com algoritmo, tráfego de dados, essas coisas, enfim, um reality show numa dimensão maior, em larga escala.
   Ou seja, tudo que a galera de todas as edições do Big Brother Brasil sempre perseguiu até hoje, fama e dinheiro, é possível conquistar em stories de Instagram, Tiktok com mais entretenimento e menos stress, vai vendo.
   Mesmo sabendo que as redes sociais já incorporaram as mesmas futilidades do reality show, é animador saber que o Big Brother Brasil finalmente vai para o paredão.

4 comentários:

  1. Falar sobre o programa BBB não é muito fácil não heim mas estou achando que esse de número 23 foi o último a nível de credibilidade nos resultados da contagem de votos,o calcanhar de Aquiles do programa que aliás sempre gostei mas também não vou entrar em detalhes porque sempre gostei porque é um assunto muito vasto,talvez um dia,quem sabe! Mas voltando ao calcanhar de Aquiles do programa,resultados manipulados,é aí que a vaca do programa foi pro pro brejo, não há transparência!!! Nesse BBB23 algo de muito estranho ficou no ar nos resultados das eliminações dos participantes,tchau CREDIBILIDADE,o que é muito grave e triste, manipulações e favorecimentos,aí não dá, já era!

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    1. Pois, é, com o tempo o próprio público que costumava definir os resultados, enfim, interferir no andamento da trama com as votações, esse público começou a ficar de fora dos rumos do programa como era nas outras edições. Ou seja, o público sentiu que ficou de fora da festa, então deixou de prestigiá-la. Abç!

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  2. Cultura inútil, não perco meu tempo com isso, aliás não tenho tempo e não me interesso por futilidades, minha vida é corrida demais pra me sentar diante de uma tela e ficar assistindo coisas que não vão me acrescentar nada de útil,mas tem gosto pra tudo!

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