Os vereadores do Rio resolveram majorar seus próprios vencimentos. Até aí, tudo bem, porque esta é uma prática que já ocorre há muito tempo, assegurado por lei, portanto, sem chance de alguém reclamar, coisa que o povo não costuma fazer.
Como ninguém consegue agradar a todos ao mesmo termpo, eis que surge alguém com o voto contrário. O vereador Eliomar Coelho, além de considerar fora de propósito o aumento a seus pares, tratou de protocolar e oficiaizar o estorno do acréscimo em seu contra-cheque.
Pela conduta e currículo do nobre vereador, não há surpresa alguma, para quem surgiu na política para servir de exemplo para a sociedade.
Infelizmente, o que mais chamou a atenção foi o argumento que o vereador Leonel Brizola Neto utilizou para defender o aumento aos membros da casa. Ele, simplesmente, afirmou com todas as letras, que os parlamentares precisam ganhar bem para não se corromperem.
Ora, ora, vereador! Que critério vossa excelência utilizou para chegar à brilhante conclusão?
Não é difícil mostrar exemplos que desmontam sua ridícula tese. Eu conheço gente que ganha um, eu disse um salário, e consegue sustentar sua nobre família, sem nenhum apontamento em ficha policial, pagando em dia a conta da venda na favela, quase não comendo carne e com os filhos encaminhados, estudando na rede pública.
Por outro lado, ainda dentro do mesmo universo de bem-feitores, existe aquele sujeito com o "boi na sombra", ganhando uma fábula como executivo de uma grande empresa, proporcionado tudo do bom e do melhor a sua prole, mas que conseguiu o sucesso profissional, sem sucumbir às imoralidades que a vida pública também escancara, por intermédio de legisladores com mente tacanha.
Francamente! Sou pobre, mas sou limpinho, meu chapa!
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