É chocante! Incrível como se pode tratar de forma emocional, sensacionalista, um absurdo que deve ser abordado de maneira racional, visando resultados imediatos.
No episódio macabro que chocou o Rio de Janeiro, com repercussão no mundo inteiro, os desdobramentos da tragédia na escola de Realengo não podem se limitar ao plano sentimental, com relatos de testemunhas em estado de choque e depoimento emocionado do policial que conseguiu evitar que o atirador invasor prosseguisse em sua sanguinária e premeditada intenção de executar tal plano.
Como o fato ocorrido naquela escola resvala na questão da segurança, seria interessante que o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes apresentassem, em conjunto, algum plano de ação no sentido de evitar a repetição de casos como esses, em vez de ficarem discorrendo sobre a ação do psicopata, como eles classificaram o criminoso.
No caso de Sérgio Cabral, na oportunidade que teve, ele simplesmente pregou uma política séria no combate e controle de armas no país, assunto que deveria ser tratado em outra ocasião, inclusive em âmbito nacional, por ser esta uma questão que envolve todo o país.
Com realção ao prefeito, este poderia apresentar algum projeto de segurança nas escolas sob a tutela do município. A tal parceria, alardeada exaustivamente durante o último pleito, poderia se concretizar agora, com policiamento ostensivo nas adjacências das escolas, auxilando a ronda escolar que a Guarda Municipal já efetua, mesmo de forma tímida. A tecnologia também poderia ser empregada no conjunto de ações e ser implementado, como por exemplo, catraca eletrônica na porta das escolas, com detector de metais, assim como cartão eletrônico para alunos e funcionários da instituição.
Recursos não faltam ao município, considerando a construção do Centro de Controle que a prefeitura está concluindo, com objetivo de monitorar as ruas da cidade, empenho este que deveria ser estendido para a segurança dos alunos sob sua tutela, quando estes adentram pelo portão da escola.
Seria o primeiro passo para evitar que outras tragédias aconteçam, e o primeiro indício de respeito às vidas humanas, tão recorrentes nos dias de hoje.
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