sábado, 5 de novembro de 2022

O BEM AINDA É MAIOR

   
    
     Que confusão parece ser essa que está fazendo o mundo viver um caos bem pior do que aquele do qual originou tudo isso ao nosso redor? Quando se começa uma fala, uma discussão assim já questionando alguma coisa é porque o negócio está sinistro mesmo, tá ligado?
    Não parece que a pandemia e a guerra tenham revirado as coisas desse jeito como as pessoas estão falando, botando a culpa no vírus e nas rusgas entre Putin e Zelensky. Tudo bem que esses eventos de doença e guerra deixam marcas que interferem na vida global, mas não há registros de que isso tenha apagado o lado bom do mundo.
     Até porque já houve outras guerras e outras doenças afligindo as pessoas ao mesmo tempo em que uma outra parcela mostrava seu lado mais cruel.
     Mas, agora, por conta de uma atenção maior às tragédias, muito de ações isoladas voltadas para o bem têm ficado em segundo plano. As tragédias as quais me refiro são desconstruções da vida prática, não essas tragédias que costumam provocar a comoção nacional, toda vez que cai um avião, um barranco desliza, um edifício desaba ou pega fogo ou uma celebridade morre.
    A audiência maior hoje é a agenda de ódio, de intolerância e impaciência com quem pensa diferente, com quem acredita numa outra realidade. A gente fala essas coisas por conta das eleições, mas já rola essas impertinências em outros ambientes de convivência humana, não é de hoje.
     E com isso na comunicação global, incluindo a mídia, as redes sociais, conversas de botequim, fórum de debate, encontro de chefes de estados, missa, culto, pajelança, reunião de condomínio, churrasco na laje e outras resenhas que tenham agrupamento de homo sapiens a pauta é a mesma de sempre: se não for fofoca, é gente discorrendo sobre coisa ruim.
    Até eu aqui. O texto já vai terminar e eu ocupei a maior parte do espaço sem um mínimo de audiência ao lado bom da vida. O que vão pensar meus 22 seguidores da página?
     Está cheio de gente por aí praticando o bem sem a menor visibilidade, no momento em que explanar a melhor faceta humana serve de alívio nesses dias loucos, além, claro, de um estímulo a mais para um outro horizonte.
     É gente que de uma forma qualquer massageia o ego de alguém sem exposição alguma. Tipo o cara que dá aula de reforço numa praça, olha que bacana. A pessoa às vezes nem quer aparecer, uma atitude nobre, claro, mas o mundo precisa saber dessas práticas, senão fica parecendo que o mal predomina sobre o melhor que as pessoas têm para oferecer e não é bem assim, bate na madeira aí.

                                                         Foto: Portal VER

4 comentários:

  1. Total apoio , Miguel.
    O bem importa, e no final sempre vence!!!
    Vamos continuar a acreditar nisso!!!

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  2. 👏👏👏👏 perfeito

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  3. Devemos pensar e acreditar sempre na vitória do bem, que sempre vence!

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