segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A democracia em rede

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  Ainda que em clima tenso e a opinião pública com os nervos à flor da pele, é uma democracia de fato. Ao mesmo tempo em que essa diversidade de pensamento entre eleitores e candidatos acirra os ânimos durante a disputa, a efervescência de uma campanha eleitoral é fruto da liberdade que todos conquistamos para promover mudanças e renovações para a sociedade.
  Não foi diferente de eleições anteriores o clima de batalha campal que se instalou ao longo da campanha, mas destaca-se nessa disputa especificamente o ambiente das redes sociais. 
  Tudo bem que toda aquela discussão, xingamentos, agressões, acusações mútuas e fake news em larga escala, em nenhum momento contribuem para que a disputa seja saudável, mas olhando pelo lado positivo há um envolvimento maior, principalmente dos jovens, o que demonstra a maturidade de uma geração agora mais antenada com as coisas da política.
   O próprio resultado das eleições já revela uma configuração diferente com o surgimento de caras novas no cenário político, tomando assento de algumas velhas figuras.
  Não deixa de ser animador essa nova consciência que surge no horizonte, ainda mais entre os jovens, de quem sempre se esperou a iniciativa de tomar partido dos rumos da cidade, do estado e do país, num futuro do qual eles mesmos farão parte.
   Diante desse cenário, não há dúvida de que o eleitorado, principalmente esses que agora tomaram gosto pela política ganharam um protagonismo maior, mais até que os personagens escolhidos por eles. Se os políticos é que se achavam os mais importantes, perderam o posto. Pode-se dizer, seguramente, que essa nova tendência de mobilização vai remexer os critérios de quem se propor a disputar as eleições daqui para frente, além da própria legislação eleitoral que poderá sofrer alterações em função desse novo quadro.
  De qualquer forma, fica como saldo positivo nessa eleição esse envolvimento maior, essa nova conexão em rede da massa votante em todo o país, o que aumenta ainda mais a responsabilidade de eventuais postulantes a cargo público, porque, se houver uma vigilância na mesma proporção depois de empossados os eleitos, independente de quem sair vitorioso. 
  Se isso vai desencadear uma nova forma de fazer política mais para frente, só o futuro nos dirá. Deixemos de lado por um instante o viés ideológico da disputa para exaltar a figura dos principais atores desse grande palco que é a democracia. 
   Só lembrando que em meio à desdobramentos de pleitos anteriores, já se cantava essa pedra há muito tempo, essa participação mais efetiva da população em seu próprio rumo para o futuro.
    Mais do que a própria política em si, a democracia brasileira precisava dessa nova roupagem, dessa maturidade em rede.

                                                                                                                             Foto: Folha Política
     
    
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