Mesmo antes do resultado final das eleições, é possível perceber as transformações que o eleitorado operou para o próximo ano.
É bem verdade que é cedo para assegurar que haverá mudanças de fato, mas pela configuração que está se desenhando, por exemplo, nas cadeiras de parlamentares no âmbito estadual e federal, pelo menos por parte do eleitor o manifesto desejo de mudança é explícito.
Não deixa de ser animador ver aquelas velhas raposas da política saindo de cena. São figuras que tiveram a oportunidade de mudar retrospectos amplamente desfavoráveis à população e acabaram se comportando com um misto de timidez, passividade e irresponsabilidade com a coisa pública e foram com o tempo perdendo a confiança do publico em geral.
Agora, cabe a esses novos personagens do cenário político, justamente com aqueles que ganharam uma nova chance, retribuir a confiança neles depositada. Embora ciente das dificuldades que poderão encontrar para exercer com responsabilidade suas funções, a sociedade certamente estará atenta a qualquer comportamento que destoe do perfil do homem público de boa-fé.
Com relação ao novo presidente e os governadores, todos sabemos das dificuldades financeiras que eles encontrarão pela frente para implementar novos projetos e retomar aqueles que foram interrompidos por uma razão qualquer nesses tempos de crise financeira que ronda as três esferas de governo.
Pelo lado dos parlamentares escolhidos para legislarem com vistas ao interesse público, cabe lhes seguir à risca as prerrogativas do cargo de cada um, nas câmaras estaduais e no Congresso Nacional.
Nunca é demais lembrar que toda essa movimentação operada pelos eleitores foi movida pela indignação da sociedade com os registros de corrupção que ilustram o cenário político nesses últimos tempos, além da precariedade dos principais serviços públicos oferecidos à população, como sáude, educação e segurança, cujos números vêm sistematicamente afligindo os brasileiros.
Portanto, não resta outra alternativa ao novo presidente, governadores e legisladores eleitos senão criar mecanismos para reverter esse quadro caótico na administração pública e colocar em prática as reivindicações da população. Se não for desse jeito, de nada terá adiantado o barulho produzido até aqui.
E independente da corrente politica que se sobressair ao final do segundo turno, os projetos com suas urgências e necessidades são comuns a todos, e a sociedade sempre rachada e dividida tem também a responsabilidade de formar uma mesma massa num só Brasil nesse novo cenário.
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