Toda eleição é assim. Um clima festivo toma conta da população às vésperas da votação. As discussões, as brigas, a efervescência das redes sociais, tudo faz parte dos preparativos para aquela velha peregrinação de todo mundo rumo às urnas, e mais uma vez um esforço para que tudo que tiver de renovar aconteça.
Só que diferente dos outros eventos do nosso calendário, as eleições não têm o caráter festivo, de entretenimento, enfim. Não é uma consagração com cenário de fogos, bebedeira, comemorações, dança e alegria exacerbada. A forma como tudo acontece até parece festa, mas há um ar de seriedade em toda essa atmosfera no momento em que a população é conclamada a traçar seu próprio destino.
As diferenças de opiniões que dão o tom aos debates são o combustível para as infindáveis rusgas em qualquer ambiente em que haja manifestações de toda ordem ideológica. É nesse momento que o ambiente de bandeiras flamulando, a alegria incontida e a idolatria incontrolável ganha o aspecto sério de chamamento coletivo, em que o destino de um povo, das cidades e do país está em jogo.
Se em outros tempos o cenário político foi palco de festa, o processo de redemocratização do país permitiu um clima de festa e consagração pela guinada que o Brasil deu ao sair de um ambiente de opressão para um horizonte totalmente favorável ao desenvolvimento do Brasil com ênfase na liberdade dos cidadãos.
Mas em tempo normal do processo eleitoral a palavra de ordem é consciência, e todo aquele ar de festa fica para depois, quando o resultado final revelará os personagens e a forma como nossas vidas serão conduzidas no espectro político.
Portanto, deixemos de lado esse clima festivo porque o momento exige seriedade pelas incertezas do cenário político, o que interfere automaticamente na vida de todos os brasileiros.
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