Não deixa de ser marcante e especial o
primeiro dia de vacinação depois de um longo tempo de espera e agonia. Na
medida em que os números da Covid- 19 subiam a níveis alarmantes aumentava
também a expectativa pela vacina, a primeira que chegasse.
A emoção que era visível no rosto das
pessoas que se vacinavam faz sentido por tudo que o pessoal da área da saúde
passou nesses últimos tempo vendo de perto a agonia de infectados, tendo que se
dividir entre salvar a vida alheia e preservar a sua também.
Agora é esperar a vez de cada grupo se
imunizar e a vida de todo mundo voltar ao normal, mas antes um balanço de tudo
que ocorreu em torno da pandemia, principalmente a atenção à ciência no Brasil.
Se antes, em gestões anteriores havia um
tratamento diferenciado às áreas de pesquisas, e mesmo assim os recursos
destinados ao setor eram considerados parcos pela urgência de grandes projetos na
área científica, agora, com o atual governo praticamente desprezando a
importância da comunidade científica,
como ficou provado nessa pandemia, certamente há que se fortalecer o movimento em
prol das ciências, mais investimentos em quaisquer setores onde pesquisas
importantes para o desenvolvimento do Brasil se fazem presente.
Não pode uma nação como o Brasil, com órgãos
de pesquisas conceituados e bem estruturados, hesitar em buscar soluções para
os problemas que afligem toda a população. Não pode o governo federal dar um
viés político a questões que necessitam única e exclusivamente da interferência
de especialistas da área. O conhecimento não pode ser deixado de lado, e a
administração mexendo na cúpula de órgãos públicos e colocando gente com perfil
completamente oposto às funções a se desempenhar. Enfim, não é viável critério
político em funções que demandam conhecimento, como é o caso do Ministério da
Saúde e da Anvisa, órgãos dos mais importantes durante a pandemia para a
condução de uma agenda favorável à população, não à conveniência do gestor
público.
A sociedade brasileira já está acostumada a
se vacinar e sempre acreditou na comunidade científica do nosso país, ainda
mais que administrações anteriores sempre obedeceram a autonomia dos principais
órgãos de pesquisa do Brasil, principalmente a Fiocruz e o Instituto Butantã, pela
seriedade em outros programas de vacinação que sempre trouxeram resultados positivos
no combate à todas as enfermidades enfrentadas pelos brasileiros.
Apesar de todas as dificuldades e obstáculos
que o próprio governo federal criou até a chegada da vacina, fica a lição da
importância da ciência para todos os brasileiros, muitos agora cientes de que projetos de natureza científica vêm de recursos públicos. O próprio envolvimento das
pessoas nas redes sociais criou essa noção, essa consciência do quanto são necessários a atenção e os investimentos ao setor científico no Brasil.
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
VIVA A CIÊNCIA
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